BEIJING, 14 de nov (Diário do Povo Online) - Stan Lee, o criador de personagens icônicos como Homem-Aranha, X-Men e Homem de Ferro, morreu em um hospital de Los Angeles, na segunda-feira, aos 95 anos.
Enquanto famoso escritor da Marvel Comics, e mais tarde seu editor, Lee foi considerado o arquiteto da banda desenhada contemporânea, tendo ajudado a revitalizar a indústria.
Mas foi a sua participação nos blockbusters de super-heróis de Hollywood que expandiu a sua popularidade na China, o segundo maior mercado de cinema do mundo, que deve superar os EUA até o final da década.
Durante a última viagem à China, em dezembro, na altura com 94 anos, Lee escalou a Grande Muralha em Beijing e disse que gostaria de apresentar mais artes marciais em suas histórias.
A conta oficial do estúdio no Weibo, o equivalente chinês do Twitter, afirmou em outubro que Lee se inspirou na voz da cantora e compositora de Hong Kong, Gloria Tang Tsz-kei, para criar uma super-heroína.
Provavelmente a primeira super-heroína chinesa de Lee, sua história de origem começa com um misterioso incidente ligado à sua avó e uma pulseira. Ela luta contra vilões enquanto disfarça a sua vida diária como uma estrela pop, de acordo com a Billboard Radio China.
"Obrigado por trazer ao mundo tanta inspiração, esperança e coragem, e por fazer tantas pessoas acreditarem em si mesmas em um mundo tão turbulento", escreveu Tang no Weibo na terça-feira.
Muitos fãs expressaram o seu luto no WeChat e Weibo.
"Eu tive muita sorte de tê-lo conhecido durante um evento em maio. É inesquecível a imagem dele dando autógrafos a quase todos os fãs, sentado em sua cadeira de rodas enquanto seu assistente distribuía pôsteres" escreveu Wei Jing, um usuário do Weibo.
Alguns internautas chineses compararam a perda de Lee com a morte de Louis Cha, mais conhecido por seu pseudônimo Jin Yong, o lendário romancista de artes marciais que viu seus 15 romances adaptados a cerca de 120 filmes e dramas de TV. Cha morreu a 30 de outubro em Hong Kong.
"Como Jin, Lee criou um mundo de personagens que estarão sempre connosco", escreveu Mian Lang, pintor e ilustrador.