Ottawa, 7 dez (Xinhua) -- A embaixada chinesa em Ottawa pediu nesta quarta-feira ao Canadá para liberar Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei, que foi presa em Vancouver a pedido das autoridades americanas.
"Por solicitação da parte americana, a parte canadense prendeu uma cidadã chinesa que não violava nenhuma lei americana nem canadense. A parte chinesa se opõe firmemente e protesta energicamente contra este tipo de ação, que prejudica gravemente os direitos humanos da vítima", disse o porta-voz da embaixada chinesa em um comunicado.
"A parte chinesa apresentou solenes representações às partes americana e canadense, e insistiu que corrijam imediatamente as irregularidades e restaurem a liberdade pessoal da senhora Meng Wanzhou. Continuaremos a acompanhar atentamente o desenvolvimento do problema e tomaremos todas as medidas para proteger com determinação os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses", acrescentou o porta-voz.
A Huawei negou nesta quinta-feira que sua diretora financeira corporativa, Meng Wanzhou, detida provisoriamente pelas autoridades canadenses, tenha cometido qualquer irregularidade.
A multinacional chinesa indicou que à companhia foi proporcionada muito pouca informação em relação às acusações e declarou que não tem conhecimento de nenhum delito por parte da senhora Meng.
A Huawei disse em um comunicado que cumpre com todas as leis e todos os regulamentos aplicáveis onde opera, incluindo leis e regulamentos aplicáveis de controle e sanção de exportações da Organização das Nações Unidas (ONU), dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).
"A companhia acredita que os sistemas jurídicos canadense e americano finalmente chegarão a uma conclusão justa", precisou o comunicado.
Meng foi detida provisoriamente pelas autoridades canadenses, por solicitação dos Estados Unidos, quando estava fazendo uma conexão aérea no Canadá, segundo a declaração.