Beijing, 21 dez (Xinhua) -- O Banco Mundial previu na quinta-feira que a economia da China crescerá 6,5% em 2018, acrescentando que a economia do país "continua com bom desempenho".
"O consumo permanecerá como o principal motor de crescimento, enquanto uma incerteza mais alta do investidor e um crescimento mais lento de crédito devem afetar o investimento", disse John Litwack, economista-chefe do Banco Mundial para a China.
Ele observou que uma desaceleração no crescimento da demanda mundial e tarifas mais altas de importação dos EUA afetarão negativamente as exportações líquidas. As autoridades têm o espaço de política necessário para apoiar a economia sob o atual ambiente de alta incerteza.
A Atualização Econômica da China, uma avaliação regular do Banco Mundial sobre a economia do país asiático, observa que a conta corrente registrou um pequeno deficit nos primeiros três trimestres de 2018, principalmente devido a importações mais fortes.
Em resposta ao crescimento desacelerado e um ambiente externo desafiador, o governo adotou incentivos fiscais para as famílias e empresas e apoio adicional para as pequenas empresas, além de despesas de capital mais altas pelos governos locais.
Para estimular a economia, o país tem espaço para mudar os gastos do governo em direção a saúde, educação e proteção social.
"Essas medidas criariam empregos, gerariam serviços públicos de maior qualidade e forneceriam melhor apoio para as famílias vulneráveis. A curto prazo, incentivariam as famílias a poupar menos e gastar mais. A longo prazo, impulsionariam a produtividade dos trabalhadores e o potencial do crescimento da China e ajudariam o país a alcançar uma sociedade mais igual", comentou Elitza Mileva, economista sênior do Banco Mundial e principal autora da Atualização.