Beijing, 4 jan (Xinhua) -- O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse nesta quinta-feira que a cooperação entre a China e as nações latino-americanas, incluindo o Brasil, serve aos interesses próprios e também aos interesses comuns das partes envolvidas.
Como um importante mercado emergente, o Brasil tem plena consciência de onde seus interesses estão e não precisa ser ensinado por outros, indicou ele.
O porta-voz deu as declarações em resposta às reportagens que apontam que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse ao se reunir com o ministro da chancelaria brasileira, Ernesto Araujo, que os Estados Unidos são diferentes de alguns outros países que fazem investimentos não por razões comerciais, mas sim políticas.
As reportagens afirmam que a China era provavelmente um dos "outros países", embora Pompeo não tenha mencionado nominalmente.
"Tenho observado reportagens sobre o assunto", disse Lu. "Também notei que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em sua reunião com o enviado especial do presidente Xi Jinping, Ji Bingxuan, disse que Brasil e China são grandes países e o novo governo brasileiro dá grande importância à cooperação com a China e está disposto a avançar os laços bilaterais."
Bolsonaro também apontou que a perspectiva para a cooperação entre os dois países se tornará melhor, lembrou o porta-voz.
"Eu gostaria de reiterar que, sob o princípio de respeito mútuo, igualdade e benefício recíproco, a cooperação entra a China e os países latino-americanos, incluindo o Brasil, não só é de nossos próprios interesses, como também ajuda a promover os interesses comuns da China e dos países latino-americanos", destacou Lu Kang.