China impulsiona setor automóvel com o relaxamento à entrada de capital estrangeiro

Fonte: Diário do Povo Online    18.03.2019 16h40

A 27 de fevereiro, dezenas de bate-estacas, escavadores e caminhões trabalhavam no interior do cerco verde instalado num canteiro de obras no parque industrial Lingang, nos arredores de Shanghai. Aqui será erguida uma fábrica de automóveis da Tesla - o primeiro projeto de veículos de energia limpa com capital puramente estrangeiro na China.

Com início a 7 de janeiro, a construção arrancou justamente cinco meses após o acordo ter sido firmado. A futura fábrica terá uma capacidade da produção anual de 500 mil unidades, com um valor de investimento de US$7,3 bilhões.

“É difícil imaginar que o processo de estabelecer uma fábrica de automóveis aconteça em um espaço de tempo tão curto. Tudo isto é atribuido ao bom clima de negócios, demonstrativo da determinção de abertura da China”, afirmou Elon Musk, presidente executivo da Tesla.

O projeto da Tesla é um dos símbolos da nova senda de abertura do setor automotivo. Em abril de 2018, a China anunciou a redução gradual dos limites de entrada de capital estrangeiro no setor. Em maio, foi a vez das taxas alfandegárias de importação automobilística; em julho, foi fechado um acordo com a Tesla sobre a construção da fábrica...No período de seis meses, a China acelerou o ritmo da abertura do setor automobilístico, provocando o entusiasmo de empresas internacionais a investir no país.

O setor automobilístico é uma das indústrias cuja abertura foi mais precoce no país. Em 1994, o governo chinês permitiu a criação de jointventures de automóveis com um limite de 50% de capital estrangeiro, tendo atraido várias multinacionais, fazendo com que a China se tenha tornado o maior mercado de vendas de automóveis em 2009.

No ano passado, o volume das vendas de carros na China superou 28 milhões de unidades, ocupando o primeiro lugar do ranking mundial durante 10 anos consecutivos.

A abertura da indústria automobilística fomentou a atualização tecnológica e a aceleração do ritmo de inovação das multinacionais no mercado chinês. Em 24 de outubro, a Daimler Mobility Services e a gigante chinesa Geely Group Company assinaram um acordo para a criação de uma empresa a operar o serviço de mobilidade com carros luxuosos. Em dezembro, a BMW passou a ser a primeira multinacional a obter a licença de operar o serviço e-hailing. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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