BRASÍLIA,21 de mar (Diário do Povo Online) - O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro anunciou na quinat-feira(21), que o ex-presidente Michel Temer foi detido em São Paulo, no âmbito do processo Lava Jato.
O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Além de Temer, a lista de detenções inclui o ex-ministro das Minas e Energia, Moreira Franco, e vários empresários.
De acordo com o comunicado emitido pelo Ministério Público Federal no mesmo dia, um empresário próximo do ex-presidente, durante o projeto da construção da usina nuclear Angra nº 3, alegadamente instruiu a empreiteira Engevix a pagar cerca de 1,1 milhão de reais em troca de um contrato de projeto, no qual Temer teve lucros.
O anúncio refere que o ex-presidente encabeçava uma “organização criminosa”, e que estaria também envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro, apropriação indevida de fundos, subornos, etc, sendo que os valores ascendiam a 1,8 bilhão de reais.
Segundo a TV Globo, Temer foi transportado até ao Rio de Janeiro pela Polícia Federal no mesmo dia para investigação.
O PMDB, ao qual Temer e Franco estão afiliados, anunciou no próprio dia que nenhum dos dois lesados havia cometido alguma irregularidade, deixando o apelo à justiça para garantir a liberdade de ambos.
Temer atuou como presidente do Brasil entre 2016 e 2018. Durante o seu mandato, foi repetidamente alvo de acusações de corrupção. Devido ao estatuto que detinha à data e à necessidade do processo passar pela Câmara dos Representantes para julgar um presidente em exercício, Temer nunca foi acusado. Após abandonar a presidência, Temer foi desprovido desse poder conferido pela presidência.
Em março de 2014 arrancou no Brasil a célebre “Operação Lava Jato”, envolvendo vários políticos e empresários. Entre essas personalidades inclui-se o ex-presidente Lula da Silva, entretanto sentenciado a pena de prisão.