Beira, Moçambique, 25 mar (Xinhua) -- A reconstrução da Província central de Sofala, atingida pelo Ciclone Idai, poderá levar até três anos, disse o ex-presidente Joaquim Chissano na segunda-feira.
Chissano chegou em Beira, capital da Província de Sofala, na manhã da segunda-feira para visitar as áreas atingidas pelo Idai, transportando uma mensagem de resiliência e conforto para as vítimas.
"A reconstrução das principais estruturas e restabelecimento da população poderá ser rápida se o apoio fornecido pela comunidade internacional for em grande quantidade", disse o ex-presidente.
Chissano disse ainda mais que os meios em posse do governo podem determinar a reconstrução do país, visto que há necessidade de reconstrução e reabilitação de pontes e estradas, hospitais e escolas.
O ex-presidente também disse que ele está muito satisfeito com o apoio e a resposta rápida da comunidade internacional.
Ele advertiu que os riscos ainda não terminaram porque ainda existem corpos para serem encontrados e que as doenças matarão as pessoas. "Mas com todas as forças unidas tudo isso pode ser mitigado", disse ele.
O número de pessoas afetadas pelo Idai em Moçambique aumentou para 794 mil, anunciou o governo moçambicano na segunda-feira em Beira, acrescentando que quase 129 mil já foram resgatadas.
O número de mortos permanece em 446, segundo Celso Correia, Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, que falou em uma coletiva de imprensa enfatizando que as equipes de resgate ainda não terminaram as buscas em todos os locais afetados.