
Li Chengwen
Li Chengwen, embaixador do Fórum de Cooperação entre China e os Estados Árabes do Ministério das Relações Exteriores da China, negou no domingo o criticismo que a Iniciativa do Cinturão e Rota irá criar a chamada “armadilha do débito” para alguns países participantes.
“A China está procurando os mecanismos para evitar a ‘armadilha do débito’”, afirmou Li no segundo dia do Fórum da Economia Mundial sobre o Oriente Médio e a África do Norte 2019, realizado na região do Mar Morto da Jordânia.
O diplomata chinês respondeu às criticas dirigidas ao BRI por algumas pessoas dos Estados Unidos e Europa antes do segundo Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional, que deverá ocorrer na China ainda este mês, em Beijing
A Iniciativa, proposta pela China em 2013, visa a construção de uma rede de comércio e infraestrutura que conecta a Ásia com a Europa e a África ao longo das antigas rotas comerciais da seda, para buscar desenvolvimento comum e prosperidade.
A partir de 2018, mais de 100 países e organizações internacionais assinaram documentos de cooperação com a China, estendendo o escopo da Iniciativa do Cinturão e Rota do Continente Euroasiático e África para a América do Sul, Caribe e a região do Pacífico Sul.
Li salientou que não houve entre os países participantes, nenhuma reclamação sobre “armadilha” de empréstimos chineses.
A “Iniciativa do Cinturão e Rota visa aumentar a prosperidade econômica de um país. Não visa expandir a autoridade política e geográfica da China no mundo”, disse ele.
Muitos participantes do Fórum no Jordão concordaram com o comentário de Li.
“Se você manter seus interesses em primeiro plano, vai perceber que a China não é um parceiro injusto,” afirmou Shandana Gulzar Khan, Secretário Parlamentar do Comércio do Paquistão. “Mas depende do quão bem você faz o seu dever de casa.”
No Paquistão, um importante país participante da iniciativa, o corredor econômico China-Pasquitão criou dezenas de milhares de empregos e ressucitou a economia de toda uma região, observou Khan.
Falando na sessão, He Wenping, pesquisadora do Instituto de Estudos da Ásia Ocidental e da África, Academia Chinesa de Ciências Sociais, corrobora a afirmação de Li.
“A maior preocupação na ‘diplomacia da armadilha do débito’ deve partir de dentro da China, não de fora.’ É o dinheiro dos contribuintes, ” disse a professora chinesa.
"A China não está acenando a bandeira ‘China em primeiro lugar’”, disse ela..
O próximo Fórum do Cinturão e Rota a ser realizado em Beijing no final deste mês poderá ser uma oportunidade para iniciar uma “segunda fase” da iniciativa, ela acrescenta.
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