Comércio bilateral: China e EUA comprometem-se a permanecer em contacto

Fonte: Diário do Povo Online    12.04.2019 10h31

BEIJING,12 de abr (Diário do Povo Online) - A China e os EUA irão manter contactos próximos para abordar questões econômicas e comerciais nas suas diversas dimensões, segundo um comunicado do Ministério do Comércio da China na quinta-feira.

Os líderes de ambas as equipes de consulta discutiram as questões remanescentes, após o mais recente turno de conversações sobre questões comerciais, em Washington, segundo declarações do porta-voz do ministério, Gao Feng.

No nono turno das consultas de alto nível, foram discutidas transferências de tecnologia, proteção dos direitos de propriedade intelectual, medidas anti tarifárias, setor dos serviços, agricultura, desigualdades comerciais e mecanismos de garantia do cumprimento de leis, disse Gao em uma coletiva de imprensa de rotina.

As duas maiores economias do mundo estão intensificando suas negociações para conterem as divergências em certas questões. Gao afirmou que as duas equipes darão continuidade ao diálogo, no sentido de implementar os consensos atingidos pelos líderes dos dois países.

Os presidentes da China e dos EUA concordaram em dezembro em suspenderem a imposição de novas tarifas, tendo instruído as suas equipes responsáveis por assuntos econômicos para avançar as negociações com vista à remoção integral de todas as tarifas adicionais, e a selar um acordo mutuamente benéfico.

No ano passado, as disputas comerciais entre a China e os EUA levaram à aplicação severa de tarifas às importações da outra parte, criando dificuldades para empresas de todo o mundo.

Pequenos negócios na região da Ásia-Pacífico deverão experienciar um efeito negativo na sua atividade derivado das tensões comerciais, de acordo com os resultados de um inquérito publicados na terça-feira pela associação de contabilidade CPA Australia.

As condições para as pequenas empresas foram ligeiramente mais débeis na região no ano de 2018, com 2% menos de inquiridos a referirem ter garantido crescimento face ao inquérito anual anterior, disse Derek Chan, presidente do comité da CPA Australia North China. Ele citou as tensões comerciais como o motivo principal para o decréscimo geral na confiança.

As tensões vão para lá das tarifas. O Departamento de Comércio dos EUA anunciou na quarta-feira que irá acrescentar mais de 30 empresas e instituições de educação chinesas à lista de entidades “não verificadas”, com as quais as empresas americanas deverão tomar precauções, de acordo com um comunicado do Registro Federal dos EUA, avançado pela agência Reuters.

Gao disse que ações como esta têm um impacto negativo na reputação das empresas chinesas, criando obstáculos à normalidade do comércio bilateral.

A China opõe-se ao argumento da “segurança nacional” como desculpa para o abuso de medidas de controlo às exportações para outros fins, disse Gao.

A China urge os EUA a corrigirem prontamente as suas “práticas errôneas”, removendo as empresas concernentes da lista e facilitando o comércio e a cooperação entre empresas dos dois países, prosseguiu Gao.

A Aisin Nantong Technical Center, uma subsidiária chinesa de uma fabricante de componentes de automóveis japonesa, e a Beijing Bayi Space LCO Materials Technology Co, estão nessa lista. Várias outras empresas especializadas em precisão ótica, produtos eletrônicos, maquinaria e aviação constam também na lista.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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