Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado

A parte continental da China refutou a resposta da líder da ilha, que qualificou o exercício como “uma ameaça”.

Um porta-voz da parte continental da China descreveu o exercício militar levado a cabo por bombardeiros e navios de guerra em torno de Taiwan na segunda-feira como “rotineiros” e acusou a administração da ilha de estar a induzir em erro a população local, bem como a hiperbolizar tensões.

Na segunda-feira, vários navios de guerra, bombardeiros e aviões de reconhecimento do Comando Oriental do Exército de Libertação do Povo (ELP) conduziram uma operação de “treinamento” em torno de Taiwan, como forma de testar a capacidade de assalto entre as diferentes divisões do exército, segundo referido em um comunicado na segunda-feira.

O exercício teve lugar nas águas a este de Taiwan, e consistiram em um exercício do ELP, disse.

“Está completamente dentro dos direitos legais normais de um país soberano, e é benéfico para a manutenção da paz e da segurança no Estreito de Taiwan”, disse Zhang.

Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, disse em um comunicado na terça-feira que o exercício visava proteger a soberania nacional e a integridade territorial, bem como proteger os interesses comuns da população em ambos os lados do estreito.

A administração de Taiwan, liderada pelo Partido Democrático Progressivo, usou o acontecimento como oportunidade para “enganar e induzir em erro os residentes de Taiwan, bem como provocar e promover o confronto inter-estreito”, disse Ma.

“O seu objetivo de comprometer as relações entre os dois lados do estreito, bem como a paz e segurança da região não serão bem-sucedidos”, disse Ma. “Ninguém deve subestimar o nosso compromisso firme para proteger a soberania nacional e integridade territorial”.

Na terça-feira, a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen disse que não seria intimidada pelo exercício, designando-o de “ameaça contra Taiwan”, e um “ato coercitivo”, segundo a imprensa da ilha.

Tsai agradeceu ainda aos EUA por considerarem um acordo com Taiwan para renovar um programa de treinamento de 500$ milhões nos EUA para pilotos de F-16 de Taiwan e equipes de manutenção.

No início de abril, os EUA aumentaram as interações militares com a ilha ao oficialmente declararem que haviam destacado tropas nos escritórios do Instituto Americano em Taiwan desde 2005.

O fabricante Americano de armamentos Raytheon firmou também um contrato de 9$ milhões para melhorar o sistema de defesa de mísseis Patriot de Taiwan.

A coronel Liang Fang, uma professora da Universidade Nacional de Defesa do ELP, disse que o recente exercício irá testar e melhorar a capacidade de operação conjunta do ELP.

“Irá melhorar a habilidade do ELP de proteger a segurança nacional, e avisar aqueles que tentarem compromete-la a abandonarem suas ilusões”, disse ela. “Exercícios semelhantes serão mais comuns no futuro, com equipamentos e métodos de treinamento cada vez mais sofisticados”.