O ex -presidente peruano Alan Garcia morreu em 17 de Abril, 2019, em um hospital em Lima
LIMA, 18 de abr (Diário do Povo Online) – Ex-presidente peruano Alan Garcia morreu na quarta-feira (17) em um hospital em Lima, confirmou o presidente peruano Martin Vizcarra no Twitter.
Vizcarra disse estar "consternado" pela morte de Garcia, e enviou suas condolências para sua família e entes queridos.
Garcia, 69, deu um tiro na cabeça na quarta-feira para evitar sua prisão preliminar, ordenada pelas autoridades judiciais sob alegação de envolvimento com o escândalo de corrupção da gigante de construção brasileira Odebrecht, confirmou seu advogado para a mídia local.
A tentativa de suicídio ocorreu quando policiais tentaram prendê-lo afim de completar uma detenção domiciliar preliminar de dez dias, ele trancou-se em um dos cômodos e atirou em si mesmo.
O ex-presidente solicitou ligar para seu advogado, em seguida, entrou em um quarto e fechou a porta. Alguns minutos depois um tiro foi ouvido. A polícia forçou a entrada no quarto, e o encontrou sentado com uma ferida na cabeça, disse o Ministro do Interior Carlos Moran.
Garcia foi encaminhado para o Hospital Casimiro Ulloa onde foi operado. Trinta médicos participaram da cirurgia, mas Garcia não sobreviveu.
Garcia serviu como presidente do Peru de 1985 a 1990 e novamente de 2006 a 2011.
A ordem de detenção preliminar contra Garcia, emitida por José Domingo Perez, responsável pela investigação de corrupção, também se aplica ao chefe de gabinete de Garcia, Luis Nava, e o ex-vice-presidente da PetroPeru, Miguel Atala.
Domingo Perez investiga a alegação de pagamento de 24 milhões de dólares americanos em subornos aos antigos funcionários do presidente para a construção da linha 1 do metro de Lima durante o segundo mandato de Garcia.
Na terça-feira, Garcia fez declarações à mídia local a respeiro da investigação contra ele, declarando não ter nascido para roubar, e que a acusação era "uma maneira de criminalizar um político".
Jorge Barata, representante da Odebrecht em Lima, confessou que sua empresa ofereceu subornos a vários políticos peruanos após acordo judicial entre promotores peruanos e a Odebrecht em 2018.
Além de Garcia, as autoridades peruanas estão investigando os ex-presidentes Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski por lavagem de dinheiro envolvendo fundos ilícitos da Odebrecht.