BEIJING,23 de abr (Diário do Povo Online) - O investimento bilateral entre a China e as economias relacionadas à Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, sigla em inglês) excedeu 130 bilhões de dólares americanos entre 2013 e 2018, propulsionando o crescimento nos países relacionados à BRI e contribuindo para a recuperação da economia global, afirmaram autoridades chinesas na segunda-feira.
O investimento direto da China em países relacionados com o BRI cresceu 5,2 % ao ano, em média, ultrapassando 90 bilhões de dólares entre 2013 e 2018, afirmou Song Lihong, um funcionário do Ministério do Comércio, em coletiva de imprensa.
Song disse que, no mesmo período, a China recebeu um total de US $ 40 bilhões em investimentos de entrada dos países da BRI, já que o investimento nos dois sentidos se intensificou.
Em 5 anos, o valor dos projetos concluídos por companhias chinesas através da BRI totalizou 400 bilhões, disse Song.
O valor do comércio de bens entre a China e as economias relacionadas à BRI excedeu 6 trillhões de dólares no mesmo período, um crescimento anual médio de 4%, quantia superior ao crescimento global do comércio externo da China, acrescentou.
Sobre o segundo Fórum Internacional para a Cooperação do Cinturão e Rota, que será realizado entre quinta-feira a sábado em Beijing, Song disse que o ministério auxiliará a cooperação econômica e comercial profunda com outros países. A China construirá mais zonas de comércio livre com países que estão dispostos a fazê -lo ”, acrescentou Song.
"Quanto às zonas de livre comércio existentes, reduziremos as barreiras administrativas no comércio e investimento e propulsionaremos a formação de um grande Cinturão e Rota de mercado".
Alguns críticos argumentam que a iniciativa levará os países a armadilhas da dívida, entretanto, Song disse que a dívida pode ser resolvida através de esforços conjuntos para promover o desenvolvimento das economias BRI. "Embora alguns países possam ter altos níveis de endividamento, à medida que seu ritmo de industrialização, urbanização e modernização se acelera, suas dívidas gradualmente diminuirão."
Joe Kaeser, presidente e CEO da Siemens AG, disse que "se uma iniciativa como a BRI unificar mais de dois terços da população global, ela criará uma infraestrutura massiva e um movimento econômico que irá elaborar suas próprias regras".
Segundo ele, em uma perspectiva de longo prazo, a população irá determinar o crescimento econômico. Mesmo que leve algum tempo, o grande número de envolvidos nas economias relacionadas ao BRI provará o potencial de desenvolvimento econômico nesses países.
Ma Yu, pesquisador da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, afirma que a BRI provê um novo ímpeto para a recuperação da economia mundial. A melhoria na infraestrutura e a fabricação digital relacionada à BRI deve restabelecer a capacidade de desenvolvimento da economia mundial e trazendo novas oportunidades para a parceria entre empresas chinesas e locais.
Também na segunda-feira, o Escritório do Grupo Líder para a Promoção da Iniciativa do Cinturão e Rota divulgou um relatório oficial sobre o desenvolvimento, as conquistas e as perspectivas da BRI.