Trump diz que EUA devem se retirar do tratado de comércio internacional de armas

Fonte: Xinhua    28.04.2019 14h25

Washington, 28 abr (Xinhua) -- O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira que os Estados Unidos estão se retirando de um tratado internacional de comércio de armas assinado pelo governo Obama, marcando a última retirada de Washington de um pacto internacional.

Trump fez o anúncio ao participar de uma reunião anual da Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês) na cidade norte-americana de Indianápolis, dizendo que vai revogar o status de signatário do pacto apoiado pelas Nações Unidas.

"Estamos levando nossa assinatura de volta", disse Trump à plateia. Ele também observou que a ONU receberá em breve uma notificação formal da retirada dos EUA.

O Tratado sobre o Comércio de Armas (ATT, na sigla em inglês), que regula o comércio internacional de armas convencionais, de armas pequenas a aeronaves militares, foi aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 2013. Foi assinado pelo então presidente dos EUA, Barack Obama, mas ainda não foi ratificado pelo Senado americano.

A Casa Branca disse mais tarde em uma declaração que Trump vai pedir ao Senado para devolvê-la.

A Casa Branca afirmou que o pacto é "equivocado" e restringe a capacidade dos EUA de vender armas a seus aliados e parceiros.

O novo movimento da administração Trump atraiu críticas de alguns grupos internacionais de direitos humanos.

Os Estados Unidos agora se comportarão como não signatários do "tratado histórico cujo único objetivo é proteger pessoas inocentes de armas mortais", disse a presidente da Oxfam América, Abby Maxman, à mídia americana.

Kris Brown, presidente de uma organização contra a violência armada nos Estados Unidos, disse em um tweet: "Esse é um movimento imprudente que colocará em perigo inúmeros americanos e outras pessoas inocentes em todo o mundo".

Até agora, mais de 100 países aderiram formalmente ao acordo.

Desde que Trump tomou posse em 2017, os Estados Unidos se retiraram de vários tratados globais, incluindo o histórico acordo climático de Paris e o acordo nuclear do Irã.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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