 |
Chongwe, Zâmbia, 15 mai (Xinhua) -- A Zâmbia realizou na segunda-feira uma cerimônia de lançamento da pedra fundamental da construção de um parque em homenagem aos chineses que morreram durante a construção da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia (TAZARA).
O Parque Memorial TAZARA será construído num terreno de cerca de dois hectares no distrito de Chongwe, na província de Lusaka.
A cerimônia contou com a presença de funcionários do governo da Zâmbia e da China, incluindo o primeiro presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, e o ministro dos Assuntos Veteranos da China, Sun Shaocheng.
Em seus comentários, o ministro chinês elogiou os trabalhadores chineses que sacrificaram suas vidas e morreram durante a construção do projeto.
Sun disse que cerca de 50.000 trabalhadores chineses na época vieram à África para trabalhar em vários projetos e trabalharam duro apesar das condições difíceis.
Ele disse que a Zâmbia e a China nunca esqueceram o sacrifício dos mártires, acrescentando que o seu sacrifício ao dever motivará os dois países a trabalharem mais para cimentar os laços.
Segundo Sun, a decisão dos dois governos de embarcar num projeto conjunto para a construção do parque memorial foi um sinal de amizade genuína entre os dois países.
A China, disse ele, está empenhada em fazer esforços conjuntos com a Zâmbia para levar adiante o espírito do TAZARA e colaborar mais em várias áreas para um futuro compartilhado.
Li Jie, embaixador chinês na Zâmbia, disse em declarações que mais de 160 trabalhadores, incluindo 69 cidadãos chineses, sacrificaram as suas vidas durante a construção da linha férrea de 1.860 km e merecem ser bem lembrados pela geração mais jovem dos dois países.
"A fim de comemorar permanentemente os heróis chineses que sacrificaram as suas vidas na Zâmbia e a história da cooperação amigável entre a China e aquele país, através de consultas amigáveis, os nossos dois governos decidiram construir um parque memorial TAZARA.
"Valorizamos muito o gesto do governo e do povo da Zâmbia para que este grande projeto aconteça", disse Li.
O enviado chinês disse que o parque comemorativo será um livro de história para a geração mais jovem dos dois países e que, uma vez concluído, será um parque gratuito aberto a todos e também se tornará um novo marco na promoção do turismo.
De acordo com Li, o TAZARA merece ser considerado um monumento duradouro, pois fez contribuições indeléveis e históricas para as lutas anti-imperialistas e anti-coloniais e para o desenvolvimento e revitalização da África Oriental e Austral.
Li disse que, ao construir o TAZARA, os habitantes dos três países forjaram o grande espírito TAZARA, que deixou um patrimônio inestimável para as gerações futuras.
Kaunda disse que a Zâmbia nunca esquecerá o sacrifício demonstrado pela China ao longo dos anos e que a nação da África Austral ficará eternamente grata.
Kaunda disse que o parque comemorativo vai ajudar muito a lembrar as pessoas dos dois países do que aconteceu no passado e que ele vai agir como um símbolo de uma cooperação reforçada entre os dois países.
O presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, elogiou os esforços de colaboração dos dois países na construção do parque comemorativo, dizendo que ele mostra as relações inabaláveis entre os dois países.
Lungu disse em um discurso lido pelo ministro das Relações Exteriores, Joseph Malanji, que a construção do parque memorial foi um marco na história da amizade entre os dois países.
O presidente da Zâmbia disse que o povo da Zâmbia será sempre grato e lembrará o altruísmo e a generosidade demonstrados pela China ao fornecer assistência variada.
O presidente elogiou os cidadãos chineses que morreram durante a construção da linha férrea, acrescentando que foi oportuno que lhes fosse prestada uma homenagem através da construção do parque memorial.
 |
