Empresas privadas deverão receber aval para desenvolver e gerir parques industriais.

Firmas de manufatura e serviços modernos do estrangeiro passarão a receber mais incentivos para investir nas zonas de desenvolvimento econômico e tecnológico da China, como parte dos esforços do país para reforçar o investimento proveniente do exterior, segundo declarações de um oficial na quarta-feira.

Tang Wenhong, líder do departamento de investimento estrangeiro do Ministério do Comércio, disse durante um comunicado à imprensa que o país irá continuar a apostar no potencial das suas zonas nacionais de desenvolvimento econômico e tecnológico para atrair investimento estrangeiro.

De acordo com uma diretriz publicada pelo Conselho de Estado na terça-feira, a abertura destas zonas será reforçada com a atração de investimento privado, visando desenvolver e gerir parques industriais.

Empresas e investidores de Hong Kong, Macau e de países estrangeiros serão encorajados a participar na gestão de parques de cooperação internacional e zonas de desenvolvimento, os quais são já 219 em todo o país.

“A coordenação entre empresas chinesas e estrangeiras irá melhorar e, em contrapartida, será melhorada a cadeia industrial do setor manufatureiro. Isto irá ajudar os negócios a melhor se adaptarem à cadeia de valor global”, disse Tang.

O ministério irá levar a cabo investigação em políticas de apoio às zonas em setores prioritários, como a manufatura inteligente, bio farmacêuticos e economia digital, disse.

Mais medidas serão tomadas para tornar o ambiente de negócios das zonas mais justo, transparente, previsível e compatível com as práticas internacionais e assegurar que os negócios domésticos e estrangeiros são tratados de modo igualitário, disse.

De acordo com a diretriz, as zonas de desenvolvimento serão instadas a intensificar os esforços de atração de mais sedes e departamentos financeiros e de desenvolvimento de firmas internacionais.

Para os profissionais do exterior que sejam urgentemente requisitados pelas empresas nessas zonas, a idade limite para a aquisição de vistos de trabalho será alargada, segundo o documento, acrescentando que mais políticas serão postas em prática no sentido de facilitar os procedimentos para a contratação e residência de talentos internacionais.

As zonas de desenvolvimento econômico e tecnológico contribuíram em 11,3% do total do seu PIB; 10,6% das receitas fiscais e 20,4% do investimento estrangeiro em 2018, de acordo com o Ministério do Comércio. O volume total das exportações e importações das zonas atingiu os 6,2 trilhões de yuans, 20,3% do total do país, um aumento de 10,8% em termos anuais.

Wang Shouwen, vice-ministro do comércio, disse que as zonas de desenvolvimento serão um paradigma do corte burocrático, simplificação de aprovação de procedimentos e implementação de serviços administrativos online.

“Iremos apoiar os esforços na atração de recursos internacionais de ponta e no desenvolvimento de serviços avançados de manufatura”, concluiu.