Várias regiões de nível provincial na segunda-feira começaram a aplicar as normas de emissão de veículos "China VI" antes do previsto para acelerar os esforços contra uma grande fonte de poluição atmosférica.
As vendas e registros de veículos novos em regiões como Beijing, Shanghai, Tianjin, província de Hebei e província de Guangdong têm agora de cumprir o que se acredita ser uma das regras mais rigorosas do mundo em matéria de poluentes automóveis.
Em Beijing, todos os novos ônibus e outros veículos a diesel devem seguir as novas regras de emissão de poluentes, enquanto se espera que todos os veículos novos se adequem as regras a partir de 1º de janeiro do próximo ano.
Todos os veículos existentes nas estradas são obrigados a cumprir as normas de emissão anteriores "China V".
De acordo com os dados oficiais, as emissões de aproximadamente seis milhões de veículos foram responsáveis por 45 por cento da concentração em Beijing de pequenas partículas respiráveis conhecidas como PM2.5, um indicador-chave da poluição atmosférica.
Em comparação com as normas nacionais V, as novas regras exigem substancialmente menos poluentes, como os óxidos de nitrogênio e as partículas, e introduzem limites ao número de partículas e amônia.
As novas normas de emissão foram inicialmente estabelecidas para produzir efeitos a nível nacional a partir de 1º de julho, 2020. Um plano de ação de três anos sobre o controle da poluição atmosférica lançado em julho passado instou a implementação precoce em grandes zonas fortemente poluídas, a região do Delta do Rio das Pérolas, a província de Sichuan e o município de Chongqing.
Os fabricantes de automóveis e o mercado têm-se preparado para as regras mais duras.
Os fabricantes concluíram o desenvolvimento da maioria dos modelos do "China VI" e entraram na fase de produção em massa e vendas, disse Liu Youbin, um porta-voz com o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente.
Em 20 de junho, 99 fabricantes de veículos leves tinham revelado as informações relativas à proteção ambiental de 2.144 novos modelos e 60 fabricantes de veículos pesados revelaram informações sobre os 896 modelos verdes, disse Liu.
"O mercado basicamente realizou uma transição suave", afirmou Liu.
Li Hong, um oficial da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM), disse que a saída de veículos "China VI", bem como políticas fiscais e taxas preferenciais impulsionariam o mercado automóvel da China.
"A produção e as vendas de veículos de nova energia (NEVs, em inglês) continuarão seu crescimento relativamente rápido", afirmou Li.
As vendas de carros na China continuaram a cair em maio, com cerca de 1,913 milhões de veículos vendidos, uma queda de 16,4 por cento ano-a-ano, mostrou a CAAM.Seguindo a tendência, as vendas de NEVs continuaram a crescer naquele mês, aumentando de 1,8 por cento ano-a-ano.
A China viu um forte crescimento de vendas de NEVs nos primeiros quatro meses deste ano, com 360,000 NEVs vendidos, um aumento de 59.8 por cento em comparação ao mesmo período do ano passado.
As autoridades chinesas anunciaram que as isenções fiscais sobre a s compras de NEV continuarão até 2020 para impulsionar o desenvolvimento verde do país e manter um mercado interno forte.