Rio de Janeiro, 17 jul (Xinhua) -- Foi inaugurada nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, a 27ª edição do Anima Mundi, um dos maiores festivais de desenhos animados do mundo e o maior da América Latina, no qual serão exibidos, até o próximo domingo, mais de 300 animações de 40 países.

Nesta edição, 186 animações competirão nas oito categorias estabelecidas pelo festival: Curtas (79 filmes), Curtas-metragens documentário (6), Curtas infantis (33), Galeria (19 filmes experimentais), Portfólio (26 produções publicitárias ou feitas sob encomenda), longa-metragem (94 filmes) longa-metragem infantis (4) e realidade virtual (15).

Já as mostras não competitivas vão reunir 116 animações nas categorias "Panorama Internacional" (27 curtas internacionais que apresentam diversas tendências dentro da animação), "Animação em curso" (36 trabalhos finais das melhores escolas de animação do mundo), "Olho neles!" (24 curtas nacionais que merecem atenção) e "Futuro animador" (29 filmes que utilizam as linguagens da animação para experiências educativas).

O evento também trará debates e oficinas nas quais o público poderá interagir com profissionais da animação.

Os filmes que serão apresentados no Anima Mundi utilizam várias técnicas de animação e discutem questões existenciais, como o amor e a morte; temas sociais, como a violência, o racismo e o abuso infantil; e situações contemporâneas, como a conectividade e questões de gênero.

Na programação infantil, curtas e longas vão discutir assuntos como a superação dos medos, a importância de se fazer escolhas e ser você mesmo, o desenvolvimento da sexualidade, a amizade e a poluição.

A realização do Anima Mundi 2019 ficou suspensa até o último minuto, depois que a Petrobras anunciou em abril que não patrocinaria o evento, o que o tornaria inviável.

Para poder financiar a 27ª edição, os organizadores lançaram uma campanha de "crowfunding" com objetivo de arrecadar os 400 mil reais (US$ 110 mil) necessários para a realização, quantia que só se completou no dia limite de viabilidade.

"Foi muito tenso, parecia uma final de Copa do Mundo, atualizávamos a página da web a todo momento", comentou a diretora do Anima Mundi, Aida Queiroz, que destacou a campanha de divulgação feita por "influencers", artistas e amigos da organização.

O curta-metragem vencedor do Grande Prêmio Anima Mundi, como acontece desde 2012 é qualificado para participar das seleções de disputa do Oscar de melhor curta-metragem de animação.

Depois do Rio de Janeiro, a mostra será levada a São Paulo, onde será exibida de 24 a 28 de julho.

Em 2018, mais de 50 mil pessoas visitaram o Anima Mundi, que movimentou R$ 26,8 milhões (US$ 7,15 milhões). Desde sua criação, em 1993, o festival já exibiu mais de 10 mil filmes de animação feitos em vários países.