A China não viu uma saída em larga escala em seu setor manufatureiro e as retiradas são operações comerciais normais, de acordo com o Ministério da Indústria e Informatização.
O vice-ministro da pasta, Xin Guobin, disse nesta terça-feira em uma coletiva de imprensa que "é uma lei objetiva de que o capital gravita para áreas de custo mais baixo, e a transferência industrial é um fenômeno normal no desenvolvimento industrial de um país".
Xin fez o comentário sobre a saída da China de algumas empresas e fabricantes com financiamento estrangeiro e a relocação em países vizinhos.
Ao todo, 588 empresas manufatureiras financiadas por estrangeiros ajustaram no ano passado sua presença de produção na Província de Guangdong, sul da China. O volume respondeu por apenas 1,44% do total das fabricantes com fundos estrangeiros na região, observou Xin. "Enquanto isso, Guangdong atraiu um grupo de projetos de fabricação de alta qualidade."
"Com seu enorme mercado nacional, sistema industrial completo, infraestrutura eficiente e aplicação de novas tecnologias, a China ainda é um dos destinos de investimento mais atraentes do mundo", destacou ele, citando a entrada de investimentos estrangeiros no setor manufatureiro do país.
Em 2018, o setor registrou um aumento anual de 23% no investimento estrangeiro em uso efetivo, em contraste com um declínio global do investimento direto estrangeiro, informou Xin. Ele acrescentou que o setor de fabricação de alta tecnologia usou 13,4% de tal investimento no período de janeiro a junho deste ano.
Segundo ele, a China aprofundará a abertura de seu setor manufatureiro, tratará as empresas nacionais e estrangeiras em pé de igualdade e aumentará ainda mais a atração de seu ambiente de investimento e desenvolvimento.