No passado dia 5, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, urgiu uma vez mais os EUA a pararem de interferir nos assuntos de Hong Kong. Hua reiterou que ninguém deve subestimar a firme determinação chinesa de implementar a política “Um País, Dois Sistemas” e de assegurar a prosperidade e estabilidade de Hong Kong.
Um repórter questionou a porta-voz relativamente à carta enviada pelos congressistas e líderes da Comissão Tom Lantos para os Direitos Humanos, Christopher Smith e James P. McGovern, ao secretário de Estado Mike Pompeo e ao secretário do Comércio, Wilbur Ross, na qual urgem a não “reprimir” os “protestos pacíficos” de Hong Kong, e a não qualificar os acontecimentos como “motins”.
Hua respondeu que “existem pessoas nos EUA que invertem fatos e informações aleatoriamente, algo ao qual nos opomos veementemente”.
Hua prosseguiu dizendo que o mundo testemunhou em Hong Kong atos de vandalismo perpetrados por radicais violentos, ataques ao Conselho Legislativo e Gabinete de Ligação, bloqueios aos transportes públicos, armazenamento de produtos perigosos e armamentos, agressões incessantes à polícia e a profanação do emblema e da bandeira nacionais.
Poderão os EUA rotular a situação de “demonstração pacífica”? Qualquer pessoa com consciência considerará que estes atos de violência já cruzaram os limites de uma sociedade civilizada, da demonstração pacífica e da manifestação livre de opiniões, e que o Estado de direito em Hong Kong foi completamente comprometido, pondo em causa a segurança dos cidadãos locais, respetivas propriedades e o enquadramento da política “Um País, Dois Sistemas”. Será legítimo apelar à tolerância?
Hua disse ainda que os EUA têm evitado falar sobre o prevalente abuso de poder e comportamento truculento das forças de autoridade no próprio país. Contudo, culpam a polícia de Hong Kong pelo seu profissionalismo e pelo cumprimento da sua responsabilidade de garantia da ordem pública, mesmo face à humilhação e ao perigo constante. Esta conduta apenas serve para que o mundo se aperceba da arrogância e preconceito alimentados pelo lado norte-americano, sintomáticos de uma hipocrisia, egoísmo e busca de hegemonia.
“Uma vez mais, exortamos os EUA a pararem de tolerar criminosos, de interferirem na atividade da administração do governo da RAEHK, e nos assuntos locais. Ninguém deve subestimar a firme determinação da China de implementar a política ‘Um País, Dois Sistemas’ e assegurar a prosperidade e estabilidade de Hong Kong”, concluiu Hua Chunying.