Nações Unidas, 9 set (Xinhua) -- O enviado da China diante da ONU fez na segunda-feira um chamado, pedindo por mais esforços para fortalecer o desenvolvimento das capacidades em manutenção de paz com o propósito de melhorar sua efetividade.
Em um debate no Conselho de Segurança sobre as operações de manutenção de paz (PKOs, em inglês), o representante permanente da China para a ONU, Zhang Jun, disse que a comunidade internacional deve apoiar mais os países que contribuem com soldados na construção de capacidades de manutenção de paz, e que estes países devem garantir que as equipes de manutenção de paz estejam adequadamente treinadas, equipadas e abastecidas.
Ele disse que o secretariado da ONU deve conceder grande importância à segurança das equipes de manutenção de paz, fortalecer a advertência precoce e proporcionar um apoio e garantias eficazes e de alta qualidade para o desempenho das forças de manutenção de paz.
"Melhorar a efetividade dos PKOs exige medidas integradas", disse Zhang, acrescentando que os componentes militares, policiais, civis e do secretariado das PKOs são todos responsáveis pela melhoria do desempenho da manutenção de paz".
Ele assinalou que "com regularidade devemos fazer um balanço e melhorar o sistema de avaliação do desempenho e convidar os países que contribuem com soldados a participar plenamente do trabalho pertinente."
Antes do discurso de Zhang, o subsecretário geral para Operações de Manutenção de Paz, Jean-Pierre Lacroix, disse ao Conselho de Segurança que os esforços de manutenção de paz da ONU procuram reforçar a capacidade de suas missões para garantir uma manobra operacional mais móvel e mais robusta.
Lacroix disse que o volátil ambiente político e de segurança em que se desdobram as missões requer componentes militares, policiais e civis bem equipados e capazes, com uma mentalidade e posição corretas para empreender manobras flexíveis e rápidas.
Por este motivo, Lacroix disse que as missões estão mudando seu foco para a manutenção de paz. "Nossos esforços se concentram em adaptar a cobertura das missões e reforçar a capacidade para garantir uma manobra operacional mais móvel, robusta, consciente e integrada."
Por outro lado, o subsecretário-geral assinalou os avanços obtidos na redução das vítimas no âmbito da manutenção de paz e disse que o número de vítimas por ataques violentos foi de 27 em 2018, em comparação com o registro de 58 em 2017.
Lacroix atribuiu isto em particular a uma maior eficácia de rebater a ameaça de artefatos explosivos improvisados em Mali, país que tem o ambiente mais desafiante para a segurança dos pacificadores.