A embaixada chinesa no Japão anunciou no dia 14 que 6 tripulantes chineses a bordo de um navio de mercadorias panamense naufragado na baía de Tóquio, no passado dia 12, perderam a vida. De acordo com a Agência Kyodo, até ao dia 14 haviam sido confirmadas 48 mortes e 16 desaparecimentos derivados da passagem do tufão Hagibi pelo Japão.
Zhan Kongchao, responsável pelo secção consular da embaixada chinesa, disse aos repórteres no dia 14 que uma das duas vítimas confirmadas do navio de cargas panamense era um dos tripulantes chineses desaparecidos. Entretanto foi confirmada a morte de seis dos sete tripulantes chineses, sendo que um foi salvo. O staff da embaixada assegurou o devido apoio ao sobrevivente.
Zhan disse ainda ter tomado conhecimento, por via de vários relatos espontâneos, que várias propriedades de chineses a residir nas prefeituras de Nagano, Niigata, Miyagi e Shizuoka haviam sofrido danos, mas que, até à data, não haviam sido registradas mais vítimas nacionais.
O tufão foi responsável por inundações e deslizamentos de terra no Japão, sendo que o número de vítimas tem vindo a aumentar. A polícia, bombeiros e forças de autodefesa japoneses estão realizando missões de busca e salvamento.
As autoridades japonesas confirmaram a interferência direta do tufão no curso de 20 rios e depressões no país. Pela manhã do dia 14 contabilizavam-se mais de 3,300 habitações inundadas, sendo que algumas delas foram inclusive submersas. A situação geral dos danos é ainda difícil de apurar.
Mais de 20 caminhões de drenagem estão neste momento sendo usados nas áreas mais afetadas da prefeitura de Nagano.
De acordo com os bombeiros japoneses, pela manhã do dia 14 o número de desalojados era de cerca de 40,000. O nível das águas do rio Tonegawa no curso das prefeituras de Gunma, Saitama, Ibaraki e Chiba é ainda elevado, sendo que as chuvas esperadas nas regiões de Kanto e Tohoku poderão originar mais danos aos que ali residem.
Embora a circulação de transportes públicos tenha normalizado, os cortes energéticos e de água em várias regiões têm continuado. As autoridades afirmam que levará algum tempo até que seja restaurada a normalidade nas áreas afetadas.