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Porque são as “danças de praça” tão populares na China?

Fonte: Diário do Povo Online    21.10.2019 16h11

Durante a parada de celebração do 70º aniversário da fundação da Nova China, houve um grupo que recebeu uma atenção especial: as avozinhas dançarinas que figuraram no painel “Potência Esportiva”. Agitando laços com um sorriso na cara, percorreram a praça Tiananmen e mostraram ao mundo uma faceta talvez menos conhecida dos mais velhos da China.

Hoje em dia, as danças de praça são também conhecidas como uma forma chinesa de manter a forma, sendo que atraem cada vez mais atenções com a sua música e boa disposição. Porque gostam os chineses tanto de dançar em público?

As danças de praça começaram a se popularizar na década de 90. A sua facilidade de aprendizagem, abertura a todas as idades e poucos constrangimentos tornam esta atividade ideal para exercitar e conviver. Gradualmente, as danças suplantaram barreiras urbanas, garantindo uma legião de fãs um pouco por todo o país.

Os dados revelam que no final de 2018 havia 249 milhões de idosos com 60 ou mais anos de idade na China. Na metade do século, o número deverá ascender aos 500 milhões. O envelhecimento da população é cada vez mais óbvio, pelo que este tema é cada vez mais discutido.

As danças de praça, além de serem uma forma de exercício, previnem e aliviam algumas doenças crônicas. Este fator não só melhora a qualidade de vida das pessoas de meia-idade e idosos, mas reduz também o peso dos custos médicos associados a doenças advindas do sedentarismo.

Uma jovem russa adepta das danças de praça em Shenyang, reconhece que, no seu país de origem, os mais velhos passam os dias em casa. Lá não existem atividades como danças de praça ou Tai Chi, pelo que considera os idosos chineses mais felizes.

Nos últimos anos, as danças de praça estão cada vez mais abertas às outras idades. Cada vez mais jovens nos seus 20s e 30s têm vindo a aderir, trazendo mais “elementos jovens” às coreografias.

Com a contínua melhoria da construção urbana, cada vez se presta mais atenção ao lado humano das cidades. Progressos significativos têm sido alcançados no âmbito do entretenimento cultural e bem-estar físico.

Os dados revelam que em 2009, o número de parques era de apenas 9,050 em todo o país. Em 2018 haviam 16,038. O número de parques e áreas verdes per capita aumentou de 10,66m2/pessoa em 2009 para 14,1m2/pessoa no ano passado. Em 1981, era de apenas 1,5m2/pessoa. O aumento de parques garante também mais locais para exercitar para os entusiastas desta modalidade.

Com base em dados emitidos pelo Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social, no final de junho de 2019, o número de detentores do cartão de segurança social havia atingido os 1,277 bilhões, abrangendo, 91,5% da população do país, e o número de pessoas participando no sistema de pensão básica havia atingido os 947 milhões.

Este ano, as pensões alcançaram “15 ganhos consecutivos” desde 2005, aumentando os benefícios de pensões para aposentados. A economia nacional forte, com sólido apoio, permitiu também que mais pessoas passassem a encarar com menos preocupação os cuidados na velhice.

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