China implementa no mercado novo medicamento de combate ao Alzheimer

Fonte: Diário do Povo Online    04.11.2019 11h15

Um medicamento produzido na China, considerado a primeira terapia inovadora para a doença de Alzheimer em 17 anos, estará disponível para os pacientes chineses no final deste ano, segundo os responsáveis pela sua produção no domingo.

A Administração Nacional de Produtos Médicos da China aprovou o lançamento do medicamento no mercado, de nome GV-971, no sábado, fazendo dele único em mais de 320 congêneres produzidos por empresas farmacêuticas em todo o mundo a superar todos os testes clínicos, apesar do investimento de centenas de bilhões de dólares ao longo das últimas duas décadas.

Contendo extrato de algas, o medicamento é o primeiro do mundo baseado em carbohidratos no combate a doença, segundo a administração. Ele tem a capacidade de tratar sintomas leves da doença e melhorar a cognição do paciente.

A primeira linha de produção, a qual responderá às necessidades de 2 milhões de pacientes, começará a circular esta semana. O medicamento está disponível em todo o país a partir de 29 de dezembro, sendo que a linha de produção irá gradualmente se adaptar às necessidades do mercado, de acordo com a Shanghai Green Valley Pharmaceutical, um dos responsáveis pela produção.

O Instituto de Materia Medica da Academia Chinesa de Ciências, que desenvolveu o fármaco em conjunto com a Green Valey e a Ocean University of China ao longo de 22 anos de pesquisa, disse que existiam previamente 5 medicamentos de eficácia limitada usados para tratar da doença, a qual foi descoberta há um século atrás.

A doença de Alzheimer, uma condição cerebral irreversível e progressiva que destrói lentamente a memória, capacidade de pensamento e capacidade de levar a cabo tarefas simples, afeta pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que o número deverá aumentar à medida que o envelhecimento da população mundial acontece.

A China tem cerca de 10 milhões de pessoas com Alzheimer, o maior número do mundo.

A terceira fase de testes clínicos do fármaco envolveu 818 pacientes, e foi completada em julho do ano passado, “provando ser, ao longo de um período de 9 meses, continua e efetivamente benéfica para a cognição entre pacientes com sintomas leves a moderados de Alzheimer”, disse Geng Meiyu, o responsável pela investigação.

Preparativos estão sendo implementados para o teste clínico do medicamento nos EUA e em centros de investigação internacionais, segundo os responsáveis, tendo a US Food and Drug Administration já sido contactada para o efeito. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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