Beijing, 22 nov (Xinhua) -- Especialistas e acadêmicos estrangeiros expressaram que a 11ª Cúpula do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), recentemente realizada na capital brasileira, Brasília, enviou sinais positivos no que diz respeito a promover o multilateralismo, impulsionar uma economia mundial aberta e contribuir com energia positiva à paz do mundo.
DAR SINAIS POSITIVOS PARA PROMOVER MULTILATERALISMO
Ivona Ladevac, diretora do centro regional do Cinturão e Rota do Instituto de Política e Economia Internacional da Sérvia, comentou que o discurso do presidente chinês, Xi Jinping, nessa reunião reafirmou a importância que a China concede ao multilateralismo.
Segundo a acadêmica, o discurso de Xi assinalou os três aspectos do trabalho a ser realizado do BRICS: a criação de um ambiente de segurança pacífico e estável; a busca de um desenvolvimento aberto e inovador; e o fomento de intercâmbios e aprendizagem mútua de diferentes culturas.
Oleg Timofeev, professor adjunto da Universidade da Amizade dos Povos da Rússia, expressou que os países BRICS, através da declaração conjunta emitida no encerramento da cúpula, mostram seu apoio ao multilateralismo e advogam por uma ordem e posição internacional multipolar em relação às questões regionais de destaque.
Andrés Bórquez, coordenador do programa para estudos sobre China do instituto de estudos internacionais da Universidade do Chile, disse que a declaração da cúpula do BRICS assinala aderência ao multilateralismo e o fortalecimento e a reforma do sistema multilateral, que permanece a consistente lógica do discurso dos países BRICS e mostra que os países BRICS se tornarão reformadores responsáveis e importantes participantes na governança global.
IMPULSIONAR UMA ECONOMIA MUNDIAL ABERTA
Especialista em China, a escritora francesa Sonia Bresley disse que a declaração da cúpula anual do BRICS mostra que os membros do grupo, comprometidos com a ideia de abertura, inclusão e intercâmbio, criarão um futuro próspero mediante o crescimento econômico.
Bresley sublinhou que os países BRICS procuram um modelo de desenvolvimento econômico pacífico, defendem o multilateralismo, põem ênfase na cooperação e o desenvolvimento sustentável entre os Estados soberanos e trabalham juntos para construir um mundo pacífico, estável e próspero.
José Ricardo Luz Júnior, CEO do grupo brasileiro de líderes corporativos na China, disse que a declaração assinala oposição ao unilateralismo e ao protecionismo, que é conducente à globalização e a mercados abertos e traz benefícios para todos os países, especialmente os em desenvolvimento.
O ministro do Comércio e Indústria da África do Sul, Ebrahim Patel, disse que grande parte do conteúdo da declaração conjunta coincide com as políticas desse país, que implementará os consensos atingidos na cúpula e aproveitará a oportunidade que a cooperação do BRICS gera para impulsionar o crescimento de sua própria economia.
DAR ENERGIA POSITIVA PARA A PAZ MUNDIAL
Bambang Suryono, presidente da Fundação Nanyang da ASEAN, um grupo de especialistas com sede na Indonésia, disse que os países BRICS, com uma densa população combinada e grandes volumes econômicos, dispõem de um enorme potencial de desenvolvimento e desempenham, de forma contínua, um papel coordenador ou até líder em assuntos internacionais como a cooperação Sul-Sul e entre os países em vias de desenvolvimento.
Asif Noor, diretor do instituto de estudos de paz e diplomacia do Paquistão, disse que o discurso do Xi expõe que, para obter um maior desenvolvimento, os países devem aderir-se à abertura e inovação assim como aos intercâmbios entre povos.
Gan Tian Loo, ex-funcionário de comércio de Malaca, na Malásia, responsável pela cooperação empresarial com a China, disse que o discurso de Xi, de acordo com a demanda da comunidade internacional e da era de globalização, defende um conceito de governança global de consultas extensivas, contribuição conjunta e benefícios compartilhados.
Galina Petkevich, vice-presidente da associação bielorussa para amizade e laços culturais com países estrangeiros, disse ficar impressionada com o discurso de Xi sobre fortalecer intercâmbios entre pessoas.
Petkevich disse que a diplomacia não governamental ajuda a fortalecer o entendimento entre populações de todos os países e contribuição à paz e estabilidade regional e mundial.