O turismo proveniente do exterior continua em crescimento na China, de acordo com a Academia de Turismo da China, através de um relatório emitido na quarta-feira.
O relatório indica que o número de visitantes de fora da parte continental da China tem vindo a recuperar sucessivamente dos três anos de declínio experienciados entre 2011 e 2014.
Em 2018, o número de viagens realizadas no país por visitantes de países estrangeiros - e de Hong Kong, Macau e Taiwan - para a parte continental da China atingiu os 141 milhões - um incremento de 1,2% em termos anuais.
As receitas geradas pelo setor estão também em ascensão, tendo atingindo cerca de $127 bilhões no ano passado e alcançando o pico de $130 bilhões este ano.
“A Ásia continua sendo a maior origem daqueles que visitam o país”, refere Liu Xiangyan, um investigador da academia, durante uma coletiva de imprensa em Beijing na quarta-feira.
“Regiões incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan são fundamentais para o turismo proveniente do exterior da parte continental, e cerca de 78% destes visitantes são destas áreas. Quanto a visitantes estrangeiros, cidadãos de países asiáticos perfazem 60% dos estrangeiros que visitam a parte continental da China”.
O relatório refere que o top 10 de fontes de visitantes em 2018 foram Hong Kong, Macau, Mianmar, Vietname, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, EUA, Rússia e Mongólia.
Um relatório elaborado pela World Tourism Alliance em setembro revela que os viajantes de Hong Kong realizaram 7,9 milhões de viagens à parte continental da China no ano passado, um decréscimo de 0,5% em termos anuais.
No entanto o número de viagens realizadas por viajantes de Macau aumentou 2%, em Taiwan o aumentou foi de 4,5% e no caso dos visitantes estrangeiros o aumento foi de 4,7%.
Dai Bin, presidente da academia, disse que o turismo proveniente do estrangeiro foi influenciado pelos efeitos da crise financeira global de 2008.
“A situação melhorou desde 2015”, disse Dai. “Sobrevivemos ao período mais difícil”.
Ele afirmou que novos esforços deveriam ser levados a cabo para melhorar a oferta turística, acrescentando que a indústria do setor deve ser encorajada a melhorar os seus serviços.
“Temos o exemplo da política de vistos. Nós oferecemos agora serviços de trânsito com isenção de visto entre 72 a 144 horas, mas outros detalhes devem ser clarificados como reembolso de impostos, de modo a assegurar a qualidade das experiências de viagem”, disse.
“Além disso, precisamos de mais empresas do setor turístico a operar sob princípios de mercado, independentemente de serem empresas grandes ou pequenas. Todas merecem a atenção e ajuda do governo, desde que sejam benéficas para o desenvolvimento do setor”.