Foto de arquivo mostra alguns peixes-zebras em um instituto de pesquisa de biologia local em Shandong, no leste da China.
Taipei, 1º dez (Xinhua) -- Uma equipe de cientistas de Taiwan descobriu um caminho para manipular a regeneração de partes do corpo do peixe-zebra (Danio rerio), como a barbatana caudal, o que pode desafiar o conhecimento existente de como animais "memorizam" a regeneração.
A equipe de pesquisa, liderada pelo Dr. Chen-Hui Chen, do Instituto de Biologia Celular e de Organismo da Academia Sinica de Taiwan, identificou um novo mutante de peixe-zebra e descobriu que a mutação pode tornar a regeneração da barbatana caudal altamente variável em tamanhos e formas, disse uma nota de imprensa da Academia Sinica no início desta semana.
Eles determinaram a "subunidade alfa 2 de polimerase" do DNA como o gene mutado e descobriram que sua atividade teve um impacto direto na proliferação blastemal e tamanho, disse o comunicado.
Alguns vertebrados como salamandras e peixes-zebras são conhecidos por sua capacidade notável de regenerar tecidos complexos, como membros, rabos e barbatana caudal. Eles podem regenerar a parte do corpo exatamente igual à desaparecida. Esse é um mistério de como essas informações posicionais são "memorizadas" para instruir o crescimento de uma substituição perfeita.
Ao manipular a atividade deste gene específico do peixe-zebra, Chen e seus colegas desenvolveram um caminho para reescrever eficazmente a chamada "memória posicional".
A nova memória pode dirigir o crescimento de barbatana caudal e escamas de peixe-zebra, até depois de ferimentos repetitivos, disse o comunicado.
"A importância destas descobertas é que elas fornecem os primeiros meios para alterar a fidelidade de memória posicional. Deste modo, modelos clássicos de regeneração que assumem que a memória é imaleável podem precisar ser revisitados e refinados", disse a nota de imprensa.
Este estudo intitulado "Reprogramação genética de memória posicional em apêndice de regeneração" foi publicado na revista científica internacional "Current Biology" em 27 de novembro.