As autoridades chinesas expressaram profunda indignação e firme oposição na quarta-feira à aprovação do projeto de lei relacionado com Xinjiang por parte da Casa dos Representantes dos EUA, tendo urgido Washington a impedir que esta entre em vigor.
A China irá retaliar, se tal for necessário, garantiu a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, através de um comunicado online.
A Lei dos Direitos Humanos Uigures de 2019 vilipendia a situação dos direitos humanos na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, conspurca os esforços da China no combate ao extremismo e terrorismo e compromete a política governamental chinesa na região, afirmou Hua.
Salientando que os desafios enfrentados por Xinjiang não se prendem com etnia, religião ou direitos humanos, mas antes com violência, terrorismo e separatismo, Hua urgiu os EUA a pararem de se servirem de questões relacionadas com Xinjiang para interferir nos assuntos internos da China.
O governo de Xinjiang tem vindo a lutar contra crimes de violência e terrorismo, movendo esforços para garantir a desrradicalização, promover o crescimento econômico, solidariedade étnica, harmonia social e estabilidade, argumentou Hua.
Graças a estes esforços, Xinjiang não tem registro de nenhum ataque terrorista ao longo dos últimos 3 anos, informou, acrescentando que tais esforços são apoiados pelos 25 milhões de pessoas dos vários grupos étnicos a residir em Xinjiang. O combate levado a cabo pela China em Xinjiang representa o contributo do país para a causa anti-terrorista global.
Desde o final de 2018, mais de 1000 representantes visitaram Xinjiang em mais de 70 grupos, incluindo oficiais de vários países, regiões e organizações internacionais, com membros da imprensa, grupos religiosos e acadêmicos.
Em março deste ano, o Conselho de Ministros de Relações Exteriores da Organização de Cooperação Islâmica adotou uma resolução que elogia os esforços da China em “garantir apoio aos seus cidadãos muçulmanos”.
Em julho, embaixadores de mais de 50 países da ONU em Genebra co-assinaram uma carta para o presidente do Conselho dos Direitos Humanos da ONU e para o alto comissário para os Direitos Humanos, aplaudindo o respeito e proteção dos direitos humanos da China nas suas atividades anti-terroristas.
Em outubro, na sessão do terceiro comitê do 74ª Assembleia Geral da ONU, mais de 60 países elogiaram, através das suas intervenções o progresso tremendo alcançado em Xinjiang em matéria de direitos humanos.
Tudo isto são provas concretas de que as acusações dos EUA em questões relacionadas com Xinjiang são contra os fatos e contra a opinião pública da comunidade internacional, disse Hua.
A porta-voz terminou afirmando que a implementação desta lei apenas revela os duplos critérios e hipocrisia adotada pelos EUA no combate ao terrorismo.
Os EUA estão usando Xinjiang para espalhar a discórdia entre os vários grupos étnicos da China, sabotando a prosperidade e estabilidade em Xinjiang e estiolando o desenvolvimento da China, concluiu Hua, afirmando que tais tentativas não triunfarão.