Maputo, 10 dez (Xinhua) -- O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, disse na segunda-feira que a corrupção está afetando o investimento e reduz a possibilidade de formar uma classe empresarial coesa e robusta que possa criar empregos e promover o desenvolvimento socioeconômico.
Ele fez os comentários durante a celebração do Dia Internacional contra a Corrupção na província central da Zambézia, onde revelou que cerca de 2 mil processos disciplinares foram submetidos contra funcionários e agentes do Estado nos últimos dois anos.
O governo considera que a situação é pior do que esperada, pois os casos de corrupção continuam sendo relatados e com graves impactos na economia nacional, afirmou Rosário.
Ele acrescentou que a corrupção destrói incentivos ao investimento, o que leva ao aumento da pobreza, cria assimetrias e corroem a imagem e o prestígio do Estado, causando a perda de padrões éticos de governança.
Segundo o primeiro-ministro, uma luta eficaz contra a corrupção só é possível com o envolvimento de toda a sociedade praticando os valores da honestidade e da probidade, respeitando as leis e agindo de forma imparcial nas atividades diárias.
Ele disse que o governo também está considerando o uso da tecnologia, incluindo a digitalização dos serviços públicos que pode facilitar o monitoramento e a aplicação, para reduzir a corrupção.