Foto mostra o LAMOST (Telescópio Espectroscópico de Fibra de Objetos Múltiplos da Grande Área do Céu) em Xinglong, Província de Hebei, no norte da China.
Beijing, 2 jan (Xinhua) -- Astrônomos chineses descobriram mais de 10 mil estrelas gigantes ricas em lítio, ultrapassando o número total dessas estrelas anteriormente descobertas por cientistas do mundo.
A descoberta foi feita pelos pesquisadores dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências, com base nos dados obtidos pelo Telescópio Espectroscópico de Fibra de Objetos Múltiplos da Grande Área do Céu (LAMOST), um especial telescópio refletor Schmidt quase-meridiano, localizado em Xinglong, Província de Hebei, no norte da China.
O lítio é considerado um dos três elementos sintetizados durante o Big Bang junto com hidrogênio e hélio, e é facilmente consumido dentro de estrelas, segundo a teoria clássica de evolução estelar.
A primeira descoberta de uma estrela gigante rica em lítio, em 1982, desafiou a teoria clássica. A fim de solucionar o quebra-cabeça, cientistas tentaram observar mais essas estrelas.
Porém, as estrelas gigantes ricas em lítio são muito raras.
Com as obras terminadas em 2008, o LAMOST começou pesquisas regulares em 2012 e pode observar cerca de 4 mil corpos celestiais de uma só vez. Ajudou os cientistas chineses a estabelecerem o maior banco de dados do mundo sobre espectros estelares.
Com base nos dados do LAMOST, os astrônomos descobriram mais de 10 mil estrelas gigantes ricas em lítio entre 810 mil estrelas gigantes.
O estudo pode ajudar os cientistas a desenvolverem um melhor entendimento sobre as características das estrelas gigantes ricas em lítio e o processo de evolução e a estrutura interna das estrelas, disseram os pesquisadores.
A descoberta foi publicada recentemente na Astrophysical Journal Supplement.