São Paulo, 13 jan (Xinhua) -- A cidade de São Paulo, a maior do Brasil, declarou guerra contra o uso de plástico na segunda-feira, ao promulgar uma lei municipal que proíbe restaurantes, bares, hotéis e outras instalações comerciais de usarem utensílios não amigáveis ao meio ambiente.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, promulgou nesta segunda-feira a lei municipal que proíbe essas instalações de usarem talheres, copos, pratos ou agitadores de bebida de plástico descartáveis. De acordo com a lei, os utensílios deverão ser substituídos por outros feitos com materiais biodegradáveis ou reutilizáveis.
"O compromisso ambiental é o compromisso ético da nossa geração com as gerações futuras", de deixar de gerar toneladas de plástico e ter outros costumes mais saudáveis para com o planeta, disse Covas ao assinar o ordenamento na sede da prefeitura.
As empresas terão que adequar-se à norma até janeiro de 2021. Depois dessa data, as que não cumprirem estarão sujeitas a multas entre mil e 8 mil reais (de US$ 250 a US$ 2.000), com a possibilidade de fechamento do estabelecimento por reincidência.
O ordenamento divulgado ontem inclui a proibição para as unidades móveis que vendem comida ao varejo, assim como a utilização de varas de plástico para balões.
O proprietário de um bar na zona oeste de São Paulo, Celso Costa, disse à Xinhua que está de acordo com a regulamentação, mas está preocupado com o custo da substituição de plástico de uso único.
Mais de 16% do material depositado em lixeiras e lixões sanitários corresponde a produtos de plástico, segundo dados do município de São Paulo.
Os residentes da cidade geram cerca de 635 mil toneladas de lixo plástico todos os anos, de acordo com a estimativa do governo municipal.