A Coréia do Sul registrou 169 novos casos de infetados pelo novo coronavírus na quarta-feira, incluindo um soldado norte-americano, tendo as autoridades de saúde preparado um plano ambicioso para testar mais de 200,000 membros de um culto religioso, particularmente afetados pelo surto.
Os novos casos aumentam o número de infetados no país para 1,146, com previsão de novos aumentos à medida que o governo reforça as medidas de prevenção.
Dos novos casos, 134 residem na cidade de Daegu, onde uma filial do culto Shincheonji, intimamente ligado ao surto, está localizada, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Coreano (KCDC, na sigla inglesa).
O exército americano relatou o primeiro caso de coronavírus na quarta-feira, com um soldado de 23 anos de Camp Carrol, a cerca de 20km de Daegu. O campo está também localizado próximo de um hospício severamente afetado pelo vírus.
Uma 12ª morte pelo vírus foi reportada na quarta-feira, segundo o jornal Joongang Ilbo.
Cerca de 80% dos casos do país, incluindo o hospício, estão ligados ao culto religioso de Daegu e a um hospital no condado de Cheongdo, o qual alguns membros terão alegadamente visitado.
Os membros da igreja disponibilizaram-se a fornecer ao governo os detalhes de todos seus membros.
“Nós obtivemos uma lista de 212,000 crentes do culto de Shincheonji por parte da igreja ontem à noite”, afirmou o vice-ministro da saúde, Kim Gang-lip durante uma conferência na quarta-feira.
“Iremos passar a lista aos governos locais”, afirmou. “Os governos locais irão verificar se os membros têm ou não problemas respiratórios ou febre, e visitarão suas casas para levar a cabo testes”.