Zhong Sheng
A luta contra a epidemia do novo coronavírus é não só uma batalha entre humanos e vírus, mas também um conflito entre a luz e a sombra. À medida que a comunidade internacional dá as mãos na luta contra a epidemia, alguns indivíduos e os meios de comunicação no ocidente têm publicado afirmações infundadas e alimentado variadas teorias da conspiração. Essas histórias mirabolantes não se baseiam em fatos científicos, mas servem para deixar claro perante todos a natureza daqueles que as alimentam.
“Os resultados das análises do genoma do novo coronavírus por parte de investigadores científicos de vários países foram conclusivos a apurar que, tal como outros patogêneos, resulta de animais selvagens”. Assim publicou a revista medica “The Lancet” recentemente. Tendo a Organização Mundial de Saúde e outras instituições renomadas reiterado continuamente que este vírus não poderia ter originado em um laboratório, é inadmissível que continuem a surgir teorias contrárias a este fato.
Perante a ameaça do vírus, o alarmismo de alguns leva à criação de teorias absurdas. A experiência do passado revela que a origem dos vírus é geralmente difícil de rastrear. Embora o novo coronavírus tenha aparecido inicialmente na China, isso não implica que a sua origem tenha sido no país. Em comparação com as hesitações dos cientistas, alguns políticos e meios de imprensa ocidentais têm proferido comentários cáusticos, especulando inclusive sobre uma guerra bioquímica. Os intentos políticos por detrás destes acontecimentos, contudo, deixaram o mundo mais vigilante.
Tedros Adhanom, o diretor-geral da OMS disse: “O que torna a epidemia pior é que a disseminação de informação falsa na internet é mais rápida que o coronavírus”. É evidente que estas teorias não só se desviam da ciência mas também da razão. A sua dispersão deu ligar ao preconceito, pânico, e levou à crescente dificuldade internacional em combater a epidemia. No presente, atravessando um momento crítico em que o mundo combate a doença, temos de estar vigilantes e escrutinar a informação disponível.
Um vírus não conhece fronteiras. Face a esta epidemia, os países devem comportar-se como uma comunidade de destino e responsabilidade comuns. É a responsabilidade de todos derrotar a ignorância com recurso à ciência, esmagar os rumores com a verdade, resistir ao preconceito com a cooperação e impedir que teorias da conspiração se tornem “vírus políticos”.