Beijing, 22 abr (Xinhua) -- O nome e o logotipo da primeira missão chinesa de exploração em Marte serão divulgados no Dia do Espaço do país, que cairá em 24 de abril, de acordo com a Administração Nacional Aeroespacial da China (CNSA, na sigla em inglês).
A China planeja lançar a sonda de Marte em 2020, esperando completar órbita, pouso e movimentação em uma missão.
Desde 2016, o país definiu o dia 24 de abril como o Dia do Espaço para marcar o lançamento do seu primeiro satélite "Dongfanghong-1" ao espaço em 24 de abril de 1970. Este ano será o 50º aniversário do início da entrada da China no espaço.
As várias atividades do Dia do Espaço se tornaram uma janela para o público chinês e o mundo entenderem melhor o progresso aeroespacial do país.
No ano passado, a China fez esforços para impulsionar o desenvolvimento da ciência espacial. A sonda Chang'e-4, que fez pouso histórico no lado oculto da Lua no início do ano passado, sobreviveu por mais de 16 dias lunares no território virgem, e o Yutu-2 se tornou o veículo lunar com tempo de trabalho na Lua mais longo do mundo.
A sonda está em boas condições e fez um grande número de descobertas científicas, disse Ge Xiaochun, engenheiro-chefe da CNSA.
A China promove a inovação tecnológica aeroespacial e seu maior foguete transportador Longa Marcha-5 fez um novo voo no fim de 2019. O país lançou com sucesso um foguete transportador do mar e também impulsiona o desenvolvimento da exploração lunar e a construção de um sistema de observação da Terra de alta resolução, assinalou Ge.
A tecnologia espacial beneficiou o desenvolvimento econômico e social do país. Durante a epidemia da COVID-19, os satélites de observação Gaofen e o Sistema de Navegação por Satélite BeiDou prestaram serviços para a construção de hospitais temporários e a luta contra a epidemia, segundo Ge.
A China está aprofundando as cooperações e as trocas internacionais no desenvolvimento aeroespacial. O país promove a cooperação espacial internacional para contribuir para realizar as metas de desenvolvimento sustentável estabelecidas pelas Nações Unidas, disse Ge.
A China compartilhou os dados de seus satélites de observação terrestre Gaofen com outros países e prestou serviços para os participantes da Iniciativa do Cinturão e Rota. A CNSA convidou cientistas de todo o mundo a participarem da missão de exploração lunar Chang'e-6 e da missão de exploração de asteróides.
Um satélite de recursos terrestres China-Brasil, o CBERS-4A, foi lançado no fim de 2019, dando um bom exemplo para a cooperação espacial entre os países em desenvolvimento. O satélite de oceanografia China-França, enviado ao espaço em 2018, entrou em operação, disse Ge.
Embora confrontada com mais riscos na exploração espacial, a China não parará seu desenvolvimento e inovação em ciência, tecnologia e aplicação do Espaço, acrescentou Ge.