Roma, 16 mai (Xinhua) - O número de internações e pacientes em terapia intensiva (UTI) de COVID-19 caiu na Itália nas últimas 24 horas, de acordo com a última contagem divulgada pelo Departamento de Proteção Civil no sábado.
As recuperações aumentaram 2.605 em relação ao dia anterior, elevando o total para 122.810.
Em todo o país, o número de infecções ativas caiu para 70.187, ante 72.070 na sexta-feira.
Daqueles que testaram positivo para o novo coronavírus, 775 estão em terapia intensiva, 33 por cento abaixo da sexta-feira, e 10.400 estão hospitalizados com sintomas, sendo 392 a menos.
As 59.012 pessoas restantes, ou 84 por cento das que apresentaram resultado positivo, estão em quarentena em casa sem ou com apenas sintomas leves.
O número de mortos no sábado foi de 153, elevando o total para 31.763 desde que o surto foi registrado pela primeira vez na região norte da Lombardia, na Itália, em fevereiro.
O número total de casos de COVID-19 somando infecções, fatalidades e recuperações aumentou para 224.760, contra 223.885 na sexta-feira.
A região da Lombardia ainda tinha a maior parte dos casos, com 27.679 infecções ativas.
DIRETRIZES DE REABERTURA ACORDADAS
Na noite de segunda-feira, o governo chegou a um acordo com as 20 regiões da Itália sobre diretrizes nacionais para a reabertura de lojas, bares, restaurantes, academias, cabeleireiros, salões de beleza, museus, bibliotecas, hotéis e instalações à beira-mar.
O acordo sobre as diretrizes, publicadas durante a noite pela Conferência das Regiões e Províncias Autônomas, foi estabelecido após semanas de debate entre o governo central e as autoridades regionais.
A Conferência das Regiões e Províncias Autônomas é um órgão político que coordena os governos regional e central.
As diretrizes incluem garantir uma distância de segurança pessoal de pelo menos um metro entre os clientes, manter o desinfetante para as mãos, luvas e máscaras à vista, verificar a temperatura corporal dos clientes na entrada e higienizar instalações e equipamentos frequentemente.
No entanto, quatro em cada 10 lojas, bares e restaurantes dizem que não serão reabertos na segunda-feira, de acordo com uma enquete feita pelos pesquisadores do SWG realizada pela Confederação dos Comerciantes (Confesercenti), que representa mais de 350.000 pequenas e médias empresas (PMEs) empregando 1 milhão de pessoas.
Os empresários mencionaram, entre outros, o medo de operar com prejuízo e o próprio coronavírus como razões, segundo a pesquisa.
Das empresas que permanecerão fechadas, 68 por cento disseram que a reabertura não valerá a pena economicamente, e 13 por cento disseram que ainda não foram capazes de equipar seus locais de negócios de acordo com as novas diretrizes do governo.
"Os empresários temem o impacto do rigor das diretrizes... e serão esmagados entre o aumento dos custos operacionais e uma queda previsível na receita", afirmou a Confesercenti em comunicado.
Também neste sábado, a Confederação Nacional dos Agricultores (Coldiretti) esperava um "efeito de relevo" na indústria de alimentos e agricultura, uma vez que os 330.000 bares, restaurantes, pizzarias e sorveterias da Itália reabram.
A Coldiretti também disse que a reabertura será "estratégica" para as 24.000 instalações de agroturismo da Itália, que hospedam quase 9 milhões de turistas no verão, em média.
"Com a chegada da temporada de verão, apoiar o turismo rural também significa evitar o risco de situações perigosamente aglomeradas à beira-mar e nas cidades, enquanto se aprecia a natureza e as especialidades das tradições de alimentos e vinhos feitos na Itália", Coldiretti sugeriu.