São Paulo, 19 mai (Xinhua) -- O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou nesta terça-feira que o Ministério da Saúde permitirá a partir de quarta-feira o uso do remédio cloroquina, específico para tratamentos de lúpus e malária, para pacientes em nível inicial de contágio do novo coronavírus (Covid-19).
Atualmente, o protocolo do Ministério da Saúde do Brasil permite o uso da hidroxicloroquina apenas em pacientes em estado crítico avançado devido a seus fortes efeitos colaterais e ao fato de que a comunidade científica não conseguiu encontrar resultados conclusivos sobre sua eficácia contra a doença.
"Ninguém será obrigado a tomar cloroquina, se dará ao paciente liberdade para que possa usar o remédio, caso se julgue necessário", afirmou Bolsonaro em uma entrevista ao Blog do Magno.
O presidente aproveitou para sugerir cloroquina para o governador do estado de Pernambuco (nordeste), Paulo Câmara, que confirmou ter sido contagiado pelo vírus. "Eu, no lugar do governador, tomaria", comentou Bolsonaro.
O presidente informou que o protocolo sobre a cloroquina será assinado pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, que está no comando da pasta desde sexta-feira passada devido à renúncia do oncologista Nelson Teich, que deixou o cargo menos de um mês após assumir.
"Por enquanto, vou deixar o general Pazuello, está fazendo um bom trabalho, é um tremendo gestor e está fazendo um trabalho excepcional", afirmou Bolsonaro.
Nesta terça-feira, o Brasil superou pela primeira vez a marca de 1.000 mortes diárias causadas pela Covid-19. Segundo o balanço oficial do Ministério da Saúde, foram registrados 1.179 óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 17.971 mortes, enquanto os casos confirmados da doença subiram para 271.628.
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