A Índia foi responsável pela altercação do mês passado na fronteira sino-indiana, após suas forças terem trespassado a Linha de Controle Atual e construído estruturas ilegais no lado chinês, de acordo com imagens lançadas pela Televisão Central da China (CCTV).
A CCTV emitiu algumas imagens de satélite de algumas partes do vale Galwan durante o horário nobre, no programa Focus Today, na segunda-feira. As imagens revelam várias estruturas indianas no lado chinês como heliportos e pontes, bem como tropas indianas a construir tais estruturas.
Alguns militares indianos em uniforme podem ser vistos a preparar tendas e a transportar materiais de construção ao longo da área.
De acordo com o programa, as tropas indianas fizeram tentativas repetidas desde abril para trespassar unilateralmente a fronteira e entrar no lado chinês para causar problemas. A 6 de maio, o lado indiano começou a construir barreiras e fortificações, tentando alterar a situação unilateralmente na região fronteiriça.
Algumas semanas após os confrontos na fronteira, o primeiro turno de conversações entre comandantes dos dois exércitos teve lugar a 6 de junho. Ambas as partes atingiram um consenso no encontro, com o lado indiano prometendo não patrulhar ou construir para lá do vale Galwan.
Porém, a 15 de junho, o lado indiano recuou nas suas palavras, violando o consenso e enviando tropas que trespassaram ilegalmente a zona disputada. Os oficiais e soldados indianos atacaram inclusive as tropas chinesas que foram negociar a questão, despoletando confrontos físicos que resultaram em mortes, segundo o programa.
Ruan Zongze, vice-presidente executivo do Instituto de Estudos Internacionais da China descreveu no programa a conduta do lado indiano como “provocatória e ilegal”.
Historicamente, não há disputas pelos direitos de soberania da China no vale de Galwan e no controlo da nação sobre a região, de acordo com Ruan.
A Índia começou o recente embate devido à leitura errada da situação atual e à “mentalidade de potência”, segundo o investigador.
“Tais decisões são danosas para a própria Índia”, disse ele.
Su Xiaohui, uma investigadora de estratégia internacional do instituto, disse que foi o exército indiano a começar as provocações, o trespasse e o confronto físico.
“Iremos prestar atenção ao objetivo de longo prazo da Índia que procura usar diversos meios para infringir os interesses e direitos das outras nações”, disse.