A China disse nesta quinta-feira que o requerimento dos Estados Unidos para fechar o Consulado Geral Chinês em Houston causará prejuízos severos às relações bilaterais, descrevendo a ação como "demolição da ponte de amizade entre o povo chinês e o americano."

O consulado geral em Houston foi o primeiro estabelecido pela China nos EUA após a fundação das relações diplomáticas.

Funcionários de alto escalão dos EUA alegaram na quarta-feira que o ato era para "proteger a propriedade intelectual americana e informação privada dos americanos."

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que as missões diplomáticas chinesas nos EUA, incluindo o consulado geral em Houston, têm se comprometido a promover a amizade e a cooperação entre os dois povos, e têm respeitado as leis internacionais e locais ao desempenhar seus deveres.

Durante as últimas quatro décadas, o consulado geral tem feito um grande trabalho na promoção do entendimento mútuo entre várias comunidades e na cooperação em vários setores entre os dois países, disse Wang em uma coletiva de imprensa.

"A reclamação dos EUA sobre o envolvimento do consulado geral em atividades que não estão em conformidade com seus deveres é uma difamação puramente maliciosa", disse o porta-voz chinês.

Wang repreendeu a ação dos EUA como uma violação séria da lei internacional e das normas básicas de relações internacionais, além do acordo consular bilateral. Está causando prejuízo severo aos laços bilaterais, disse Wang, acusando a ação como "demolição da ponte de amizade entre o povo chinês e o americano."

Ao responder a uma pergunta, o porta-voz chinês disse que em julho de 2018 e janeiro de 2020, o lado americano abriu as bolsas diplomáticas da China em duas ocasiões sem permissão, o que é uma violação flagrante da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e uma infração da dignidade diplomática e interesses de segurança da China.

Após a ocorrência dos incidentes, a missão diplomática chinesa nos EUA expressou imediatamente representações solenes ao lado americano. O lado americano não negou os fatos relevantes, mas usou repetidamente razões técnicas como uma desculpa para eludir suas responsabilidades por seus atos errôneos, de acordo com o porta-voz.

"O que os EUA têm feito é contrário à lei internacional e às normas que governam as relações internacionais e deve ser condenado", disse ele.

Wang também respondeu a uma pergunta sobre a acusação dos EUA de que, com "identidades falsas", o cônsul geral da China em Houston e outros dois diplomatas escoltaram viajantes chineses a bordo de um voo fretado na área de embarque do aeroporto de Houston.

Wang disse que a informação pessoal dos funcionários trabalhando nas missões diplomáticas chinesas é aberta e transparente para o lado americano, e os funcionários consulares chineses entraram na área restrita do aeroporto com a aprovação do lado americano.

"Usando documentos de identidade de funcionários consulares emitidos pelo Departamento de Estado dos EUA, eles simplesmente cuidaram dos cidadãos chineses a bordo de voos temporários", disse Wang, acrescentando que isso é razoável e legítimo com muitos precedentes.

A acusação dos EUA não está de acordo com os fatos, assinalou.