O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou na quinta-feira (13), que o Centro do Instituto Confúcio dos Estados Unidos deveria ser registrado como uma "missão estrangeira". A Reuters informou que este é o sinal mais recente de deterioração nas relações entre Washington e Beijing.
De acordo com a Reuters, Pompeo afirmou em um comunicado que o Centro Americano do Instituto Confúcio em Washington é "uma entidade que promove a propaganda global de Beijing com atividades de influência maliciosa no campus das escolas americanas primárias e secundárias".
O secretário adjunto de Estado para Assuntos da Ásia-Pacífico, David Stilwell, defendeu em uma entrevista coletiva no mesmo dia que essa política não visa diretamente os Institutos Confúcio nos Estados Unidos, mas o Centro Americano do Instituto Confúcio que coordena essas instituições.
Uma fonte não identificada disse na quinta-feira que o Departamento de Estado dos EUA anunciaria naquele dia que os Institutos Confúcio estabelecidos em universidades americanas deveriam ser registrados como "missões estrangeiras", segundo um relatório da Bloomberg.
Ainda segundo o relatório, a fonte afirmou que esta decisão significa que o Instituto Confúcio é reconhecido como uma instituição "detida ou controlada por um governo estrangeiro" e estará sujeito a requisitos administrativos semelhantes aos da embaixada e do consulado chineses.
Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos listam instituições chinesas relevantes como "missões estrangeiras". Em fevereiro e junho deste ano, o Departamento de Estado dos EUA listou nove meios de comunicação chineses como "missões estrangeiras" em dois lotes. De acordo com a "Ato de Missões Estrangeiras" dos EUA, uma vez registrada como uma "missão estrangeira", é necessário relatar ao Departamento de Estado dos EUA a lista de todos os funcionários e propriedades.
Em relação à difamação sobre os Institutos Confúcio pelos Estados Unidos, o Ministério das Relações Exteriores da China (MRE) afirmou repetidamente que todos os Institutos Confúcio americanos são solicitados voluntariamente por universidades americanas. As universidades chinesas e americanas cooperaram nos princípios de "respeito mútuo, consulta amigável, igualdade e benefício mútuo".