Os analistas do mercado financeiro do Brasil reduziram pela nona semana consecutiva sua previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, que passou de 5,46% para 5,28%, segundo a pesquisa Focus realizada semanalmente com as principais instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.
No final de junho, a expectativa dos analistas para este ano era de uma queda do PIB de 6,54%.
O impacto real da pandemia do novo coronavírus poderá ser dimensionado com a divulgação nesta terça-feira do resultado oficial do PIB do segundo trimestre pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa Focus, a projeção para o crescimento do PIB no próximo ano permanece em 3,50%.
Os analistas elevaram sua estimativa para o índice de inflação este ano de 1,71% para 1,77% e a mantiveram em 3% para o próximo ano.
A meta oficial de inflação a ser perseguida pelo Banco Central é de 4% em 2020 e de 3,75% em 2021, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A previsão para a taxa básica de juros Selic foi mantida em 2% anual até o fim de 2020, enquanto que para 2021, passou de 3% para 2,88%.
A projeção para a taxa de câmbio passou para 5,25 reais por dólar no final deste ano e foi mantida em 5 reais por dólar no final do próximo ano.
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos importações), os analistas projetaram superávit de US$ 55 bilhões para 2020 e US$ 53,4 bilhões para 2021.
A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil é de US$ 55 bilhões para 2020 e de US$ 64 bilhões para 2021.