O Gabinete do Comissário do Ministério das Relações Exteriores da China na Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) exigiu nesta quarta-feira que o Clube dos Correspondentes Estrangeiros (FCC, em inglês) em Hong Kong pare de interferir nos assuntos locais sob o pretexto da liberdade de imprensa.
O FCC recentemente fez comentários injustificados sobre a alteração da polícia de Hong Kong à definição de "representantes da mídia" segundo as Ordens Gerais da Polícia.
Um porta-voz do escritório expressou forte desaprovação e oposição firme a tais comentários em uma declaração.
Durante a agitação social em Hong Kong no ano passado, alguns desordeiros anti-China, que se autoproclamavam jornalistas, impediram deliberadamente a polícia de cumprir a lei e até agrediram policiais, o que prejudicou o trabalho de jornalistas reais e minou seriamente a lei e a ordem, disse o porta-voz.
Ao branquear os jornalistas falsos, o FCC está tentando endossar os manifestantes e tolerar sua violência, semeando assim mais problemas em Hong Kong, disse o porta-voz.
Ele enfatizou que não existe liberdade de imprensa absoluta acima da lei e disse que qualquer profissional de mídia na RAEHK deve obedecer estritamente e voluntariamente às leis nacionais aplicadas a Hong Kong e às leis locais.
Nenhuma organização ou indivíduo deve buscar privilégios acima da lei, impedir a governança baseada na lei do governo da RAEHK ou colocar em risco a segurança nacional da China e a prosperidade e estabilidade de Hong Kong sob o pretexto da liberdade de imprensa, disse o porta-voz.
Ele salientou que é correto e apropriado para as autoridades relativas da RAEHK fortalecerem a gestão e os serviços para a mídia de modo a salvaguardar melhor os direitos legítimos dos meios de comunicação e jornalistas reconhecidos e proteger a liberdade de imprensa em Hong Kong.
O porta-voz exigiu que o FCC observe as leis e regulamentos nacionais e locais, pare de provocar problemas de propósito e evite interferência nos assuntos de Hong Kong sob qualquer pretexto.