O governo brasileiro anunciou neste sábado a eliminação das tarifas de importação de soja e milho para combater a alta de preços no setor alimentício.
Segundo o Ministério da Economia, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a redução dos impostos para as compras de soja e milho visando conter o aumento da inflação, que subiu em setembro 0,64%, a maior alta para o mês, impulsionada pelo setor de alimentos e bebidas.
Em setembro, o governo já tinha anunciado outra medida, válida até o final do ano, que reduziu as tarifas para a importação do arroz.
No caso da soja, a redução das taxas de importação será válida até 15 de janeiro de 2021, tanto para os grãos, a farinha e o óleo de soja. Até hoje, a alíquota de importação era de 8% para a soja em grão, 6% para a soja em farinha e 10% para o óleo de soja.
Em relação ao milho, cuja alíquota até agora era de 8%, a isenção anunciada valerá até 31 de março próximo.
O Brasil é o maior exportador mundial de soja. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a soja em grãos, a farinha de soja e o milho estão entre os cinco principais produtos exportados pelo Brasil em setembro, junto com o açúcar de cana e a carne bovina.
Juntos, os cinco produtos representaram 55,4% de todas as exportações nacionais em setembro.
A desvalorização do real frente ao dólar nos últimos meses tornou os produtos brasileiros mais atraentes para o mercado externo, o que provocou um aumento das exportações e, com isso, um aumento de preço desses produtos no mercado interno.
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