Os contêineres são descarregados no porto de Qingdao, na província de Shandong, em março.（Foto de Yu Fangping / China Daily）

O comércio exterior da China aprimorou sua estrutura e manteve crescimento substancial em novembro, mostraram dados oficiais na segunda-feira (7).

O comércio exterior do país asiático teve um crescimento de 7,8% no mês passado, em relação ao ano anterior. As exportações representaram um aumento financeiro anual de 14,9%. As importações caíram 0,8% em relação ao ano anterior, informou a Administração Geral das Alfândegas.

Nos primeiros 11 meses, o comércio exterior de mercadorias da China totalizou 29,04 trilhões de yuans (cerca de US $ 4,44 trilhões), um aumento anual de 1,8 %, representando um disparo em relação aos 1,1 % nos primeiros 10 meses, disse o governo em um comunicado .

"O crescimento acelerado do comércio exterior reflete a forte resiliência econômica da China", disse Zhuang Rui, pesquisador da Academia Chinesa de Estudos de Economia Aberta da Universidade de Economia e Negócios Internacionais.

O comércio geral, englobando cadeias de produção mais longas e refletindo a força manufatureira do país asiático, aumentou 3,2 por cento durante o período de 11 meses, assumindo uma parcela maior do comércio total de bens.

A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) continuou sendo o maior parceiro comercial da China durante o período, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

As empresas privadas representaram um papel significativo no crescimento do comércio, com seu comércio exterior expandindo 11,3% nos primeiros 11 meses, representando 46,4% no total do país.

Os produtos mecânicos e elétricos ficaram com a maior parte das exportações do país, seu valor de exportação atingiu 9,57 trilhões de yuans nos primeiros 11 meses, um aumento de 5,4% no comparativo anual.

As exportações de têxteis, incluindo máscaras, aumentaram 33 % em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as exportações de automóveis caíram 3,7 %.

O comércio exterior da China tem se recuperado do impacto da pandemia da Covid-19 nos últimos meses, graças às políticas governamentais para estabilizar o setor.

Para atenuar o impacto da epidemia sobre as empresas de comércio exterior, a China simplificou os procedimentos alfandegários, criou campanhas de incentivo para o comércio eletrônico transfronteiriço e introduziu meios inovadores de comércio.

O catálogo de tecnologias proibidas ou restritas de importação foi encurtado e medidas para fortalecer a proteção à propriedade intelectual foram implementadas pela China.

O país também prometeu criar 10 zonas de demonstração para promover as importações, onde sistemas regulatórios inovadores e modelos comerciais flexíveis serão testados.

Em seu esforço mais recente para abrir o mercado e impulsionar o comércio, em novembro, a China acordou a implementação da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), o maior acordo de livre comércio do mundo, integrado por 10 países membros da ASEAN e Japão, Coreia, Austrália e Nova Zelândia.

À medida que a China promove ativamente as negociações e a assinatura de mais acordos de livre comércio, o país irá desfrutar da melhoria da escala e da qualidade do comércio exterior, disse Zhuang.