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Primeiro-ministro da Romênia renuncia devido fracasso em atingir meta eleitoral

Fonte: Xinhua    09.12.2020 16h00

O primeiro-ministro romeno, Ludovic Orban, anunciou sua renúncia na noite de segunda-feira, depois que o Partido Liberal Nacional (PNL), que lidera, não conseguiu atingir seu objetivo de marcar o melhor nas eleições parlamentares de domingo.

O presidente Klaus Iohannis logo assinou o decreto, aceitando a renúncia de Orban e nomeando o ministro da Defesa, Nicolae Ciuca, como primeiro-ministro-interino.

A renúncia de Orban é geralmente considerada como uma forma de abrir caminho para que seu partido negocie uma futura aliança de governo com outros partidos políticos.

"A decisão que tomei tem um objetivo muito preciso... as negociações a seguir devem levar a um governo formado pelas formações políticas de centro-direita para apoiar claramente a orientação euro-atlântica da Romênia", disse Orban após anunciar sua renúncia.

Embora a contagem de votos ainda não tenha terminado, os resultados parciais surgiram e não haverá grandes mudanças. Não só o governante PNL não conseguiu obter o primeiro lugar nas eleições gerais, mas a diferença com o seu principal adversário, os social-democratas, atingiu significativos cinco pontos percentuais.

Os resultados parciais mostram que o PNL, com 25 por cento dos votos, deve formar uma coligação governamental com outros futuros partidos parlamentares com conceitos políticos semelhantes para garantir a sua continuação do governo. A Aliança USR-PLUS, com cerca de 15 por cento dos votos, é indispensável a este respeito, mas esta última enfatizou repetidamente que é impossível participar em um gabinete liderado por Orban.

Logo após Orban anunciar sua renúncia, a Aliança USR-PLUS disse que escolheria Dacian Ciolos, um dos dois copresidentes da aliança e ex-primeiro-ministro (entre novembro de 2015 e janeiro de 2017), como sua proposta para o primeiro-ministro de um futuro governo de coalizão.

A Romênia realizou as eleições parlamentares no domingo, com um total de 7.136 candidatos disputando assentos na Câmara dos Deputados e no Senado.

De acordo com os últimos resultados parciais divulgados pela Mesa Eleitoral Central, o Partido Social Democrata (PSD) venceu as eleições parlamentares por 30,13 por cento dos votos expressos para o Senado e 29,69 por cento para a Câmara dos Deputados.

PNL ficou em segundo lugar com 25,58 e 25,18 por cento, respectivamente, para as duas câmaras do parlamento. Outros partidos, que entrarão no novo parlamento, incluem a Aliança USR-PLUS com 15,24 e 14,75 por cento, a Aliança pela Unidade dos Romenos (AUR) com 8,77 e 8,69 por cento, bem como a União Democrática dos Húngaros na Romênia, com 6,13 e 5,98 por cento.

Os resultados parciais mostraram que nenhum partido provavelmente conquistará mais de 50 por cento dos votos para deter a maioria no futuro parlamento. Assim, o futuro governo quase certamente será de coalizão.

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