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Dongzhi (solstício de inverno) é um termo solar importante no calendário lunar chinês e um festival tradicional da China. As comemorações desta data também variam de acordo com a geografia. Por exemplo, no sul, as populações têm por tradição comer arroz glutinoso com feijão vermelho ou Tangyuan (bolinhas de farinha de arroz glutinoso servido numa calda adocicada) em homenagem aos ancestrais; enquanto no norte, existe o hábito de comer jiaozi e wontons, dois tipos de ravioli chinês.
No final da Dinastia Han (202 a.C. -220 d.C.), os mais pobres sofriam de fome e frio, e as suas orelhas congelavam. Foi então que um famoso médico chinês, Zhang Zhongjing, inventou um tipo de sopa, denominada de sopa “jiao er”, cozida com cordeiro, pimenta e algumas ervas aromáticas. A ingestão dessa sopa aquecia as pessoas e, como consequência, as suas orelhas recuperavam.
Para celebrar o Ano Novo Chinês e a “recuperação das orelhas”, as pessoas passaram a cozinhar outros alimentos semelhantes à sopa, entre os quais constam os jiaozi (ravioli chinês), inspirados no nome da sopa. Desde então, as pessoas comem jiaozi no solstício de inverno em memória do médico Zhang Zhongjing. Foi assim que surgiu o ditado de que comer jiaozi no solstício de inverno impede que as orelhas congelem.
Os espíritos das doenças têm medo do feijão vermelho na tradição chinesa, então as pessoas se reúnem para comer arroz glutinoso com feijão vermelho no solstício de inverno para prevenir maleitas. Em Yinchuan há o costume de beber sopa de macarrão e comer jiaozi de carneiro.
Para os cantoneses, o solstício de inverno é um dia muito importante, ainda mais importante que o Ano Novo Chinês. Em Taiwan há a tradição de comer os “bolos de nove camadas”.
O povo Hakka acredita que a água no solstício de inverno é superior e que o vinho dela produzido pode ser preservado por muito tempo. No sul de Fujian, além de se comer Tangyuan, duas grandes faixas são coladas nas portas, simbolizando a reunião e auspiciosidade.
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