Vacinas atuais podem ser adaptadas a novas variantes da Covid-19, diz especialista

Fonte: Diário do Povo Online    28.01.2021 15h25

Os estudos realizados até agora provam que as vacinas atuais permaneceram eficazes contra as variantes da Covid-19, que já infetaram mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um especialista no portal de notícias da Case Western Reserve University (CWRU), na quarta-feira.

"Infelizmente, várias mutações recentes parecem ter dotado o vírus de maior capacidade de nos infetar. Felizmente, as empresas de vacinas têm estudado essas variantes e não há indicação ainda de que possam escapar ao efeito das vacinas", disse Mark Cameron, que tem conduzido pesquisas sobre a Covid-19 e outras doenças infecciosas, enquanto professor associado do Departamento de População e Ciências Quantitativas da Saúde da Escola de Medicina da CWRU.

Na verdade, a Moderna acabou de divulgar dados na segunda-feira demonstrando que o sangue daqueles que receberam a vacina consegue neutralizar completamente a variante do Reino Unido, conhecida como B.1.1.7, de acordo com Cameron, que participou da pesquisa de resposta rápida quando o surto de SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome) atingiu Toronto no início dos anos 2000.

"Embora tenha havido alguma perda de poder de neutralização contra a variante identificada na África do Sul (B.1.351), os recetores da vacina conseguiram manter imunidade", disse. "Claro que mais trabalho está sendo feito para entender a extensão e a duração dessa imunidade".

Sobre a preocupação de que as novas variantes possam ser mais perigosas porque podem ser transmitidas mais facilmente ou causar maiores danos após a infeção, o professor associado disse que "ainda não sabemos ao certo".

"As precauções pessoais são tão críticas como sempre para evitar a disseminação de infeções", adicionou.

Enquanto isso, ele observou que as empresas farmacêuticas estavam atualizando as vacinas para abranger as novas variantes, dizendo que "as vacinas contêm uma mensagem que nossas células lêem para fazer uma versão da proteína de pico SARS-CoV-2 que ‘informa’ o nosso sistema imunológico como responder mais tarde."

"Se a mensagem da proteína de pico da Covid-19 mudar na natureza, é fácil mudar essa mesma mensagem na vacina para corresponder a novas variantes, se necessário", acrescentou.

Na tarde de quarta-feira, o Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins relatou mais de 100 milhões de infeções por Covid-19 e mais de 2.100.000 mortes em todo o mundo.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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