A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira que a equipe internacional de especialistas na missão de rastreamento da origem da COVID-19 em Wuhan era "independente" e não tinha afiliação.
"Eu escuto direto que este é um estudo ou investigação da OMS. Não é", disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa virtual de Genebra, enfatizando que é um estudo independente composto por indivíduos independentes de dez instituições.
Na coletiva de segunda-feira, o Dr. Peter Ben Embarek, chefe da equipe internacional de especialistas em Wuhan, disse que seu relatório seria um "documento de consenso".
"As equipes internacionais e os homólogos chineses já concordaram com os relatórios resumos", disse ele.
A equipe de especialistas, composta por 17 cientistas internacionais e 17 colegas chineses, está trabalhando em conjunto para publicar um relatório conjunto provisório, no qual eles "fariam recomendações para estudos futuros", disse Embarek.
Ele disse que seriam necessários estudos mais longos para "explorar algumas hipóteses e avançar nossa compreensão sobre a origem do vírus".
A este respeito, o Dr. Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, alertou na coletiva de imprensa para a dificuldade de se chegar a um consenso completo.
"Alcançar um consenso absoluto em torno de cada ponto é quase uma impossibilidade na ciência. O que podemos fazer é chegar a conclusões baseadas nas evidências diante de nós", disse ele.
No início da semana passada, a equipe internacional concluiu sua pesquisa de um mês em Wuhan e apresentou suas descobertas iniciais em uma coletiva de imprensa na China, descartando a hipótese de que o vírus teria escapado de um laboratório.
Uma fonte da OMS disse que a equipe está trabalhando em um relatório sumário que deve ser publicado esta semana, e que um relatório final completo será divulgado nas próximas semanas.