O parlamento português aprovou quinta-feira a proposta do presidente Marcelo Rebelo de Sousa de renovar o estado de emergência no país até 16 de março, permitindo ao governo manter as mesmas regras de bloqueio já em vigor para conter a pandemia de Covid-19.
"Desconfinar a correr por causa dos números destes dias será tão tentador como leviano. Todos sabemos que os números sobem sempre mais depressa do que descem", mas que é importante não repetir a crise de saúde, disse o presidente na quinta-feira em um discurso nacional.
Embora o número de infeções tenha diminuído nas últimas semanas, a pressão continua alta nos hospitais, com o número de pacientes hospitalizados com sintomas e internados em unidades de cuidados intensivos excedendo em larga medida as recomendações dos especialistas, lembrou.
“A sociedade e a economia têm sofrido e a saúde mental tem sido crescentemente abalada”, frisou, acrescentando que também tem havido atrasos na entrega das vacinas, o que afetará a vacinação no próximo mês e meio.
Marcelo aludiu à garantia de mais vacinação e testagem mais rápida e ampla antes de ocorrer o desconfinamento gradual, disse.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), Portugal registou 1.160 infeções por Covid-19 e 49 mortes nas últimas 24 horas, aumentando o número total de infetados e mortos do país para 801.746 e 16.185, respectivamente.
No país havia 2.613 pessoas internadas com Covid-19, o número mais baixo desde 8 de novembro, das quais 536 estavam ainda em unidades de cuidados intensivos, segundo a DGS.
As autoridades de saúde portuguesas informaram também sobre a recuperação de mais 2.659 pessoas. Até à data, um total de 711.713 pessoas recuperaram da doença desde o início da pandemia.
De acordo com os últimos dados da DGS, Portugal administrou 752.317 doses da vacina contra a Covid-19 - 497.040 primeiras doses e 255.277 segundas, respetivamente.