China pede abordagem prudente para questão de armas químicas na Síria

Fonte: Xinhua    06.03.2021 14h24

Um enviado chinês pediu na quinta-feira uma abordagem prudente para a questão do uso de armas químicas na Síria.

A China espera que a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) possa observar os princípios de independência, imparcialidade e objetividade e agir estritamente dentro da estrutura da Convenção de Armas Químicas ao investigar o suposto uso de armas químicas e atribuir responsabilidade, disse Geng Shuang, representante-permanente-adjunto da China na Organização das Nações Unidas.

A China sempre se opõe ao uso de armas químicas por qualquer estado, organização ou indivíduo sob quaisquer circunstâncias para quaisquer fins, disse ele.

Os esforços para resolver a questão das armas químicas sírias devem partir dos fatos. As investigações sobre supostos usos de armas químicas devem ser baseadas na ciência e cumprir as regras e padrões relevantes, disse ele ao Conselho de Segurança.

A confiabilidade da fonte de informações, a integridade da cadeia de evidências e a robustez da análise afetam a credibilidade e a autoridade dos relatórios de investigação. Os Estados-membros têm o direito de questionar os relatórios de investigação. A Secretaria Técnica da OPAQ deve apresentar evidências conclusivas para convencer as pessoas, afirmou ele.

Para resolver a questão das armas químicas na Síria, não deve haver dois pesos e duas medidas. A Secretaria Técnica da OPAQ não deve adotar seletivamente inteligência e informações sobre o suposto uso de armas químicas pelas partes. O governo sírio forneceu informações em várias ocasiões sobre a fabricação de incidentes de armas químicas por organizações terroristas e grupos armados. A Secretaria Técnica deve dar importância a essas informações e incluí-las em seu relatório mensal, afirmou ele.

Para resolver a questão das armas químicas na Síria, não deve haver motivação política em jogo, disse Geng.

Nos últimos anos, alguns países pressionaram repetidamente a OPAQ a agir, apesar da falta de evidências conclusivas, das inúmeras dúvidas sobre os relatórios e das enormes diferenças entre as partes.

"As decisões forçadas desta forma eram frequentemente cheias de controvérsia e difíceis de implementar. Elas não apenas corroeram a confiança mútua entre os Estados-membros, mas também dificultaram a resolução desta questão".

"Para resolver a questão das armas químicas na Síria, devemos contar com o diálogo e a cooperação", acrescentou ele.

Há algum tempo, o governo sírio colabora ativamente com a OPAQ. Os dois lados mantiveram comunicação e cooperação sólidas e, em princípio, concordaram em estender o acordo de cooperação pertinente por seis meses, observou ele.

De 7 a 25 de fevereiro, as duas partes realizaram a 24ª rodada de consultas técnicas. A comunidade internacional deve reconhecer a atitude construtiva do governo sírio, encorajar a OPAQ e o governo sírio a continuar o diálogo e as consultas, além de trabalhar juntos para resolver questões pendentes, disse ele.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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