O avanço da vacinação contra a COVID-19 no Brasil levou a uma redução significativa no número de casos e mortes pela doença, além da diminuição da ocupação de leitos de UTI em todo o país, segundo ressaltou nesta quinta-feira o boletim semanal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Não obstante, a Fiocruz recomendou à população para manter a prudência e continuar usando máscara, além de outras medidas de prevenção, como a higienização das mãos e o uso de álcool gel para bloquear a circulação do vírus.
Segundo país do mundo com mais mortes (cerca de 600 mil) e terceiro em número de casos, com mais de 21 milhões, o Brasil tem conseguido reduzir o impacto da COVID-19 graças ao avanço da vacinação.
De acordo com o consórcio de meios de imprensa, atualmente mais de 97 milhões de pessoas, equivalente a 45,57% da população brasileira, já estão totalmente imunizados, enquanto 148,8 milhões (69,78%) tomaram a primeira dose.
O boletim da Fiocruz alertou que o Índice de Permanência Domiciliar se encontra praticamente em zero desde julho, o que significa que a circulação de pessoas nas ruas é semelhante à observada no período anterior à pandemia, o que faz supor "uma exposição prolongada de pessoas em espaços confinados", algo que poderia fazer subir novamente as taxas de transmissão do vírus.
Por essa razão, a Fiocruz sugeriu que se mantenham as medidas de distanciamento físico e prevenção até que cerca de 80% da população esteja completamente imunizada.
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira que foram registradas 451 novas mortes causadas pela COVID-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos da pandemia a 599.810.
Ainda segundo os dados oficiais, foram computados 15.591 novos diagnósticos positivos entre quarta e quinta-feira no Brasil, levando o total de infectados para 21.532.558 desde o início da pandemia no país, em março de 2020.
Atualmente, o Brasil registra uma média móvel diária de cerca de 500 mortes por COVID-19, ante as mais de 3 mil registradas em 12 de abril passado. Esses números tem provocado uma redução da taxa de ocupação de leitos de UTI que, em quase todo o país, estão inferiores a 50%.
Segundo a Fiocruz, 25 dos 27 estados brasileiros estão fora da zona de alerta por COVID-19, mas, apesar disso, a fundação pediu a manutenção dos passaportes de vacinas e que qualquer evento que possa ter uma aglomeração seja realizado apenas com comprovantes de imunização de todos os participantes.