O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou na terça-feira sua previsão de crescimento econômico de 2021 da Ásia para 6,5%, uma queda de 1,1 ponto percentual em relação à projeção de abril, de acordo com um panorama econômico regional recém-divulgado .
"O ressurgimento da pandemia, em meio a taxas de vacinação inicialmente baixas, desacelerou a recuperação na região da Ásia-Pacífico, especialmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento", disse Chang Yong Rhee, diretor do Departamento de Ásia e Pacífico do FMI, em uma imprensa coletiva virtual.
Observando que a Ásia-Pacífico continua a ser a região de crescimento mais rápido no mundo, Rhee disse que, como as taxas de vacinação se aceleram, a região deve crescer 4,9% em 2022, ou seja, 0,4 ponto percentual mais rápido do que o projetado em abril.
Para as economias avançadas, a última previsão do FMI está praticamente inalterada para 2021, com atualização na Coreia do Sul e Nova Zelândia e rebaixo no Japão e Austrália, de acordo com o relatório.
A maioria dos rebaixamentos na região vem de mercados emergentes e países de baixa renda, liderados pela Índia e pela Associação das Nações do Sudeste Asiático.
"A divergência entre as economias avançadas asiáticas e as economias em desenvolvimento está se aprofundando, com os níveis de produção nas economias de mercado emergentes e países de baixa renda devendo permanecer abaixo das tendências pré-pandêmicas nos próximos anos, refletindo diferenças no apoio à política e implementação de vacinação", disse Rhee.
O funcionário do FMI observou que o aumento da inflação na Ásia tem sido mais "moderado" do que em outras regiões até agora, refletindo o baixo repasse dos preços ao produtor para os preços ao consumidor, e as políticas monetárias permaneceram amplamente acomodatícias.
"Embora esperemos que essas pressões inflacionárias da cadeia de abastecimento sejam transitórias, elas podem durar mais tempo e contribuir com mais força nas expectativas de inflação", disse ele.